Bullying: Um mal que vem atingindo os estudantes nas escolas - Correio da Lavoura

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29 de nov. de 2017

Bullying: Um mal que vem atingindo os estudantes nas escolas

Por Kátia Cavalcante

Chacotas, humilhações com brincadeiras e gestos isto vem afetando a maioria dos estudantes em todas as escolas do país. O “Bullying” é um termo em inglês que descreve atos de violência física ou psicológica praticado por um indivíduo ou (grupo de indivíduos) com intenção de intimidar ou agredir. Em novembro de 2015, foi sancionada a Lei 13.185 pela ex-presidente Dilma Rousseff que estabelece o Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática contra o bullying. Além do bullying existe o cyberbullying que é uma intimidação sistemática na rede mundial de computadores usada pelos próprios agressores. No passado 20 de outubro, um aluno de 14 anos atirou contra os colegas numa escola particular de Goiânia, dois alunos morreram e quatro ficaram feridos. Para falar sobre esse tema a reportagem da CL entrevistou a psicóloga Shirlei Macedo Costa, os advogados criminalistas Flávio Fernandes, Cláudio Queiroz Lucas e Antônio de Pádua.

“Nada se pode afirmar, mas podemos falar apenas baseado em nossos conhecimentos teóricos. Dentro do que tenho ouvido pela mídia nesse momento, podemos ter um olhar cuidadoso sobre a personalidade, temperamento, bem como a história de vida familiar e também o comportamento na escola desse adolescente. Esses fatores são importantes e devem sofrer uma análise para que se possa alcançar uma conclusão de que essa ação tão irracional, não tenha simplesmente como motivo principal, o bullying. Mas podemos ressaltar, que os pais tem responsabilidades nos fatores que levam a formação da personalidade de seus filhos. Um exemplo importante que podemos citar, é deixar que seus filhos aprendam a lidar com as frustrações quando elas surgem e tentar vencer seus conflitos, é claro sempre com apoio dos pais”, comentou Shirlei Macedo Costa, psicóloga clínica.

Um tema que deve ser discutido com atenção. “Impossível apontar apenas um fator. Seria uma extrema objetividade com relação ao assunto consideravelmente complexo obviamente ao dia-a-dia mesmo da vida moderna associado a necessidade de jornada de trabalho cada vez mais extensa contribui sobre maneira para o distanciamento da convivência entre pais e filhos. Esse fator isoladamente não é suficiente para explicar esses episódios de violência envolvendo adolescentes. Mas no meu entendimento contribui bastante”, disse Flávio Fernandes, advogado criminalista.

As escolas têm que fazer campanhas contra bullying. “Existe uma Lei para o bullying, sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em novembro de 2015, Lei nº 13.185, que institui ao Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática conhecida como bullying e essa intimidação sistemática caracteriza de várias maneiras podendo ser agressões verbais, física que cause dor sofrimento moral e espiritual. O que aconteceu em Goiânia foi a não aplicação da Lei do bullying as ações prevista nesse programa. A escola é culpada porque não desenvolveu os programas de combate e prevenção. Inclusive essa Lei distribui a responsabilidade nos âmbitos das secretárias estaduais e municipais de educação que são convocada por intermédio a implementar as ações a esse tipo de constrangimento o ‘bullying’. Com advento isso fica em alerta para a sociedade brasileira não só a escola, mas os pais tem que acompanhar seus filhos. A responsabilidade toda da sociedade é coibir esse tipo de prática desumana”, explicou Cláudio Queiroz Lucas, advogado criminalista.


A educação familiar tem que partir da família e não da escola. “Os pais colocam os filhos na escola para ter a educação que é a responsabilidade deles próprios. Eles querem que a escola forme o caráter e o respeito. Os pais não impõem limites. Em troca da educação e do diálogo eles preferem presentear os filhos com vídeo game e não participar da criação. Falta atenção e limites. O bullying, hoje, é uma febre. Antigamente era bullying bom, e hoje, é bullying mal. Tem que haver a conscientização familiar. Enquanto as famílias não se conscientizarem que tem que dar atenção aos filhos e interagir isto continuará. Deve ser feita uma campanha nacional para identificar o bullying nas escolas isto poderá ajudar a diminuir os crimes”, concluiu Antônio de Pádua, advogado criminalista.