Por Kátia Cavalcante
Chacotas, humilhações com
brincadeiras e gestos isto vem afetando a maioria dos estudantes em todas as
escolas do país. O “Bullying” é um termo em inglês que descreve atos de
violência física ou psicológica praticado por um indivíduo ou (grupo de
indivíduos) com intenção de intimidar ou agredir. Em novembro de 2015, foi
sancionada a Lei 13.185 pela ex-presidente Dilma Rousseff que estabelece o
Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática contra o bullying. Além
do bullying existe o cyberbullying que é uma intimidação sistemática na rede
mundial de computadores usada pelos próprios agressores. No passado 20 de
outubro, um aluno de 14 anos atirou contra os colegas numa escola particular de
Goiânia, dois alunos morreram e quatro ficaram feridos. Para falar sobre esse
tema a reportagem da CL entrevistou a psicóloga Shirlei Macedo Costa, os
advogados criminalistas Flávio Fernandes, Cláudio Queiroz Lucas e Antônio de
Pádua.
“Nada se pode afirmar, mas
podemos falar apenas baseado em nossos conhecimentos teóricos. Dentro do que
tenho ouvido pela mídia nesse momento, podemos ter um olhar cuidadoso sobre a
personalidade, temperamento, bem como a história de vida familiar e também o
comportamento na escola desse adolescente. Esses fatores são importantes e
devem sofrer uma análise para que se possa alcançar uma conclusão de que essa
ação tão irracional, não tenha simplesmente como motivo principal, o bullying. Mas
podemos ressaltar, que os pais tem responsabilidades nos fatores que levam a
formação da personalidade de seus filhos. Um exemplo importante que podemos
citar, é deixar que seus filhos aprendam a lidar com as frustrações quando elas
surgem e tentar vencer seus conflitos, é claro sempre com apoio dos pais”, comentou
Shirlei Macedo Costa, psicóloga clínica.
Um tema que deve ser discutido
com atenção. “Impossível apontar apenas um fator. Seria uma extrema
objetividade com relação ao assunto consideravelmente complexo obviamente ao
dia-a-dia mesmo da vida moderna associado a necessidade de jornada de trabalho
cada vez mais extensa contribui sobre maneira para o distanciamento da
convivência entre pais e filhos. Esse fator isoladamente não é suficiente para
explicar esses episódios de violência envolvendo adolescentes. Mas no meu
entendimento contribui bastante”, disse Flávio Fernandes, advogado
criminalista.
As escolas têm que fazer
campanhas contra bullying. “Existe uma Lei para o bullying, sancionada pela
ex-presidente Dilma Rousseff em novembro de 2015, Lei nº 13.185, que institui
ao Programa Nacional de Combate à Intimidação Sistemática conhecida como
bullying e essa intimidação sistemática caracteriza de várias maneiras podendo ser
agressões verbais, física que cause dor sofrimento moral e espiritual. O que
aconteceu em Goiânia foi a não aplicação da Lei do bullying as ações prevista
nesse programa. A escola é culpada porque não desenvolveu os programas de
combate e prevenção. Inclusive essa Lei distribui a responsabilidade nos
âmbitos das secretárias estaduais e municipais de educação que são convocada
por intermédio a implementar as ações a esse tipo de constrangimento o ‘bullying’.
Com advento isso fica em alerta para a sociedade brasileira não só a escola,
mas os pais tem que acompanhar seus filhos. A responsabilidade toda da
sociedade é coibir esse tipo de prática desumana”, explicou Cláudio Queiroz
Lucas, advogado criminalista.
A educação familiar tem que
partir da família e não da escola. “Os pais colocam os filhos na escola para
ter a educação que é a responsabilidade deles próprios. Eles querem que a
escola forme o caráter e o respeito. Os pais não impõem limites. Em troca da
educação e do diálogo eles preferem presentear os filhos com vídeo game e não
participar da criação. Falta atenção e limites. O bullying, hoje, é uma febre.
Antigamente era bullying bom, e hoje, é bullying mal. Tem que haver a
conscientização familiar. Enquanto as famílias não se conscientizarem que tem
que dar atenção aos filhos e interagir isto continuará. Deve ser feita uma
campanha nacional para identificar o bullying nas escolas isto poderá ajudar a
diminuir os crimes”, concluiu Antônio de Pádua, advogado criminalista.