Costumávamos brincar com o
saudoso Aquilino Quintas, proprietário do velho e querido Instituto Brasil,
dando-lhe o “título” de Magnífico Reitor da Universidade da Posse. Mais que uma
galhofa, era uma verdadeira metáfora do panorama do pobre e contraditório
sistema “universitário” de ensino da Princesa da Baixada!
Contemplando, agora, o
deslocamento melancólico, principalmente noturno, das levas de humildes estudantes
iguaçuanos, em triste demanda do santo graal de um diploma de curso superior,
para coisa nenhuma, em qualquer uma das faculdades particulares da nossa terra,
vem-me a memória daqueles tempos gloriosos de sonhos e esperanças.
O sistema de educação superior
de Nova Iguaçu é controverso e ineficiente, pois que dominado pela “iniciativa”
privada (a participação do poder público é praticamente desprezível),
formando-se multidões de evasores, que se acumulam a cada ano, incapazes de
custear inteiramente os seus cursos, a despeito dos fieses da vida –
multiplicadores da agonia...
Pensando no problema,
pretendemos divulgar, nesta coluna, o plano de criação de uma “universidade
comunitária”, que levamos a Pato Branco (Paraná), para que a sociedade
iguaçuana se conscientize de que é possível fornecer ensino superior de
qualidade aos que não podem pagar por ele, nem têm condições físicas de acesso
ao sistema público.
Que os idealistas da nossa
terra, e que refletem a respeito do tema, possam começar a pensar na sua
maneira de participar da campanha! Até a semana que vem quando publicaremos a
primeira parte do projeto vitorioso, que já foi levado a outras terras e que,
como, certa vez, disse ao Prof. Robertinho do nosso inesquecível Colégio Eme,
nós todos devíamos a Nova Iguaçu!