No Brasil, o CEFET reflete a evolução de um tipo de instituição educacional que, no século XX, acompanhou e ajudou a desenvolver o processo de industrialização do país. A história está ligada à origem do ensino profissionalizante, que, em termos de abrangência nacional, remonta a 1909, quando o presidente Nilo Peçanha determinou, por decreto, a criação de Escolas de Aprendizes Artífices nas capitais dos estados, para proporcionar um ensino profissional, primário e gratuito. Situado no Rio de Janeiro, a instituição ora denominada CEFET/RJ teve essa vocação definida desde 1917. Em 1966, foram implantados os cursos de Engenharia de Operação, introduzindo-se, assim, a formação de profissionais para a indústria em cursos de nível superior de curta duração. Desde a edição da lei 6545 de 30/06/1978 o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), no espírito da lei que o criou, passou a ter objetivos conferidos a instituições de educação superior, devendo atuar como autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério da Educação e Cultura – detentora de autonomia administrativa, patrimonial, financeira, didática e disciplinar –, na oferta de cursos de graduação e pós-graduação, em atividades de extensão e na realização de pesquisas na área tecnológica. Trazendo, em sua história, o reconhecimento social da antiga Escola Técnica, expandiu-se academicamente e em área física. Hoje, a instituição conta com um campus-sede (Maracanã), e sete campi descentralizados – um em Nova Iguaçu (município da Baixada Fluminense), outro em Maria da Graça (bairro da cidade do Rio de Janeiro), além dos municípios de Petrópolis, Nova Friburgo, Itaguaí, Valença e Angra dos Reis. Sua atuação educacional inclui a oferta regular de cursos de ensino médio e de educação profissional técnica de nível médio, cursos de graduação, cursos de mestrado e de doutorado, além de atividades de pesquisa e de extensão, estas incluindo cursos de pós-graduação lato sensu, entre outros. O Centro é desafiado e se desafia, permanentemente, a contribuir no desenvolvimento, atento às Diretrizes de Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior do país.
Com esse espírito e vocação do município o vereador Carlão Chambarelli, após se debruçar sobre o tema, considerando que Nova Iguaçu (capital regional), com uma população na Baixada Fluminense de 3.651.771 habitantes, conforme IBGE (2010) e município com 796.257 habitantes, sendo 98,9% residindo em Zona Urbana, identificou que o mesmo detém o credenciamento para expansão do ensino superior, assim propôs na Câmara no dia 18/09/2018 que seja implantada a primeira Universidade Federal de Ciências Aplicadas do Rio de Janeiro (Campus Nova Iguaçu), o que demandará um detalhado estudo de viabilidade, mas certamente dará respostas ao desenvolvimento social, econômico e tecnológico de Nova Iguaçu e Baixada, sem desfocar da missão institucional como outrora fora criado os CEFET.