É comum no colunismo político
as críticas duras aos poderes Executivo e Legislativo. Um pouco menos, porém
também criticado, o Poder Judiciário apanha de vez em quando. Porém, enquanto
governantes, parlamentares e juízes são frequentemente chamados à
responsabilidade, o glorioso Ministério Público parece imune, a despeito de ser
precisamente esta a entidade de Estado que detém por força constitucional o
dever de defender as instituições democráticas e os interesses sociais e
individuais prejudicados e denunciados na crítica política feita na imprensa.
É particularmente curioso como
o Ministério Público do Estado do RJ, em sua representação iguaçuana, é poupada
de críticas públicas. Por que será? Quem tem medo do MP em Nova Iguaçu?
Ora, vemos o Ministério Público na capital criando problemas até com oratório em praça pública da Zona Sul, uma questão não apenas banal diante dos problemas sociais fluminenses, mas que é, inclusive, um falso problema, pois advoga um entendimento equivocado do laicismo estatal. E, enquanto isso, dezenas de praças da Baixada Fluminense estão, não apenas abandonadas, como são verdadeiros territórios de risco para o cidadão, em alguns casos abrigando prostituição, consumo de drogas, abrigo irregular para pessoas em situação de rua; em outros, com estruturas físicas danificadas, buracos em quadras esportivas, mato, ferros expostos.
Percebam que peguei apenas um exemplo, qual seja, a diferença de um mesmo órgão com o zelo de espaços públicos na Zona Sul e na Baixada Fluminense e apenas este exemplo nos basta para expor o quanto o MP em Nova Iguaçu não só pode, como deve ser cobrado.
Onde estavam suas excelências os senhores promotores públicos quando o avanço das milícias sobre os bairros do corredor da Estrada de Madureira começou? Onde estão os senhores promotores públicos que permitem que o nosso 20º BPM tenha uma relação policial/habitante hediondamente baixa em relação aos batalhões da capital? Onde estão os senhores promotores que não exigem que a estação de tratamento de Comendador Soares deixe de ser um ralo de dinheiro público para servir ao fim que se destina?
Ora, vemos o Ministério Público na capital criando problemas até com oratório em praça pública da Zona Sul, uma questão não apenas banal diante dos problemas sociais fluminenses, mas que é, inclusive, um falso problema, pois advoga um entendimento equivocado do laicismo estatal. E, enquanto isso, dezenas de praças da Baixada Fluminense estão, não apenas abandonadas, como são verdadeiros territórios de risco para o cidadão, em alguns casos abrigando prostituição, consumo de drogas, abrigo irregular para pessoas em situação de rua; em outros, com estruturas físicas danificadas, buracos em quadras esportivas, mato, ferros expostos.
Percebam que peguei apenas um exemplo, qual seja, a diferença de um mesmo órgão com o zelo de espaços públicos na Zona Sul e na Baixada Fluminense e apenas este exemplo nos basta para expor o quanto o MP em Nova Iguaçu não só pode, como deve ser cobrado.
Onde estavam suas excelências os senhores promotores públicos quando o avanço das milícias sobre os bairros do corredor da Estrada de Madureira começou? Onde estão os senhores promotores públicos que permitem que o nosso 20º BPM tenha uma relação policial/habitante hediondamente baixa em relação aos batalhões da capital? Onde estão os senhores promotores que não exigem que a estação de tratamento de Comendador Soares deixe de ser um ralo de dinheiro público para servir ao fim que se destina?
É notória na cidade - e eu já
ouvi de muitas pessoas - a dificuldade que é se comunicar com suas excelências
no MP situado ao lado do Fórum Mario Guimarães. Até para entrar no prédio há
empecilhos. Falar com um promotor, então, improvável. Mais fácil falar com o
Santo Padre em Roma.
E a culpa disso não é apenas
dos agentes públicos, é nossa também. É nossa porque não criticamos e não
cobramos daquele órgão que efetivamente tem os meios de ação para fazer a
Prefeitura, a Câmara Municipal e os governos estaduais e federal atuarem nos
interesses da sociedade iguaçuana.
Esperamos
que o Ministério Público estadual deixe as religiões em paz e, ao invés de
atacar o culto religioso, ataque aqueles que efetivamente fazem mal aos
cidadãos de Nova Iguaçu e de todo o Estado do Rio.