O açúcar na história da Coca-Cola
Nossa Memória, nesta edição, não só se reporta ao passado, mas aproveita para levar ao leitor duas visões sobre os efeitos do açúcar no organismo humano. A distância, em termos de tempo, é significativa. O anúncio acima foi estampado no Correio da Lavoura no correr do início dos anos 50. Este aí em cima, particularmente, foi publicado em 28 de janeiro de 1951. Há 68 anos, o açúcar ainda não havia sido demonizado pela paranoia anti-glicose, que inventou um mundo light para tornar mais amena a vida sempre à beira da morte de milhões de diabéticos que de repente se descobriram neste País, que registra, como uma de suas maiores deformações, o abandono de sua dieta tradicional em nome do hábito americanalhado de comer mal, ao se deixar seduzir pelo fast-food.
A contramão publicitária do anúncio acima, quando o desenho era instrumento consagrado na propaganda gráfica, a frase-foco da mensagem nos informa: O nosso mais puro açúcar... O extremo oposto da estrondosa e atual programação encetada pela Coca-Cola, de norte a sul como sempre, e que nos diz, com borbulhante arrogância: “O sabor de sempre/Zero açúcar. Até mesmo na propaganda, já houve tempo em que o nosso açúcar era mais puro e doce. (Ilustração do arquivo do Correio da Lavoura)