O projeto de emenda à Lei Orgânica, de autoria do vereador Carlão
Chambarelli, que diminui de 17 para 15 as cadeiras de vereadores em Nova
Iguaçu, a partir das eleições do ano que vem, foi um dos principais temas
discutidos na sessão plenária da última terça-feira, dia 2,. Segundo o autor, o
importante é a qualidade e não a quantidade.
“Tenho certeza de que 15 é um número mais do que suficiente para a
composição do Poder Legislativo. Trabalhando com compromisso e afinco, podem
legislar e fiscalizar os atos do prefeito, sempre em busca do melhor para a
população”, afirmou Carlão.
Contrário à mudança, o vereador Renato do Mercado considera que é
necessário o aumento de cadeiras. “Minha proposta é que a Câmara de Nova Iguaçu
seja composta por 29 vereadores. Todas as regiões seriam contempladas e a
representatividade seria mais igualitária e democrática”, disse.
Polêmicas à parte, o projeto de Chambarelli já está tramitando na
Comissão de Constituição e Justiça e pode ser colocado em pauta já na sessão da
próxima terça-feira, dia 9. Presidente da CCJ, o vereador Fabinho Maringá
explica: “Ainda esta semana devemos emitir nosso parecer. A partir daí já pode
seguir para votação em 1ª. Existem 11 assinaturas já. É preciso 12 votos para a
aprovação. Falando em 11, penso que podíamos até diminuir para 11 o número de
vereadores. Seriam suficientes para uma atuação de excelência”.
A situação da educação, da saúde, da infraestrutura e do andamento das
obras realizadas na cidade foram, também, temas debatidos. Audiências públicas
serão realizadas o mais rápido possível para tratar de todos estes assuntos. Os
secretários responsáveis pelas pastas serão chamados para responder sobre as
principais necessidades e urgências do município. O diretor do Hospital Geral
de Nova Iguaçu (Hospital da Posse), Dr. Joé Sestello, participa da primeira
audiência na próxima segunda, dia 15, às 16h. Em evento aberto à participação
de todos, Joé irá falar sobre a difícil situação do Hospital, cujos repasses
financeiros do Estado estão atrasados, além de, mesmo sendo municipal, ter que
atender aos moradores de toda Baixada Fluminense. “Estamos numa situação
limite. Algo precisa ser feito, senão a Posse vai fechar”, disse o vereador
Mauricio Morais, membro da Comissão de Saúde da Câmara.
Na tribuna, o vereador Marcelo Lajes falou sobre a vistoria que fez ao
viaduto da Barros Júnior e ao Viaduto dos Imigrantes, inaugurado na sexta
passada, dia 29 de março, ambas na manhã de ontem. “Constatei que as grades de
proteção dos dois viadutos não estão bem colocadas, podem se soltar a qualquer
momento. O acabamento também não está nada bom”, afirmou Marcelo mostrando um
parafuso e pedaços de rebocos que ele próprio conseguiu tirar, sem o uso de
qualquer ferramenta. “A secretária de Infraestrutura, Cleide de Oliveira,
precisa vir a esta Casa explicar como pode isso acontecer”, disse.
O Dia Mundial do Autismo, celebrado no dia 2 de abril, foi lembrado
pelo presidente Felipinho Ravis, que protocolou dois projetos sobre o assunto.
O primeiro cria a carteira de identidade do autista; o segundo institui a
Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo. “No Brasil, estima-se em 2
milhões o número de pessoas com autismo, sendo que a metade ainda não foi
diagnosticada. Esta é uma temática que precisa ser encarada de frente. Os
direitos da pessoa autista têm que ser assegurados”, explicou Felipinho.
Durante toda a sessão, o painel eletrônico da Casa ficou iluminado de
azul, cor que simboliza o autismo.