Cátia Caldas Bittencourt |
“Antes do feminicídio você tem as agressões. Antes das agressões em potencial chegarem ao feminicído, eles dão os sinais, quando os homens passam a mão na boca da mulher e tira o batom, tira o short, dá um beliscão, esses são os sinais. Só aquela mulher tem a percepção que encontrou o príncipe encantado. Para ela é muito difícil acreditar que um agressor possa vir a matá-la. Por isso que eu acho importante que essa mulher seja informada e participe de palestras, simpósios, porque na maioria das vezes essas mulheres que sofrem agressão são proibidas de ter rede social, contato com a família, amizades. Elas são afastadas da vida social pelo agressor. Eles têm todo o domínio daquela situação. O feminicídio vem da falta de estrutura da família. Lares atribulados. É uma cadeia. Nós ainda vivemos um patriarcado. Todos os dias lutamos por um lugar na sociedade. Essas mulheres precisam acreditar mais nelas e ter autoestima e que elas não se submetam a esse sistema patriarcado, machista e medíocre”, disse a advogada Cátia Caldas Bittencourt.
Martha Cristina |
Segundo a professora Viviane, a solução é a educação para combater o feminicídio. “Não há como pensar de outra forma. A solução é a educação porque é o princípio da mudança. Qualquer mudança e perspectiva social vão passar primeiro pela sala de aula. Isso é importante desde pequenino, as famílias cada uma tem seu jeito de lidar com situações, cada uma tem a sua criação, crenças e cultura. A sala de aula é o primeiro lugar diversificado de uma criança inserida fora da sua casa, fora do seu nicho. É ali que ela vai aprender a conviver com o diferente e se descobrir na verdade. Se o cidadão aprender desde pequenino que ele não tem razão sempre, que a verdade dele e da família não é a única verdade do mundo, ele vai conseguir olhar qualquer outra pessoa com mais respeito e aí não iremos ter mais feminicídio ou pelo menos diminuir esse número, homicídio não só de mulheres, mas haverá respeito em relação ao ser humano”, falou Viviane Filgueiras.
Viviane Filgueiras |
Feminicídio tem assombrado as mulheres. “A base de tudo é a educação dos filhos. Criar os filhos para respeitar a todos, principalmente as mulheres. As mulheres tem que exigir respeito e se valorizar”, comentou Martha Lúcia Barbosa.
Investimentos do governo em políticas públicas para combater o feminicídio. “Investimento do governo em políticas públicas. A família dá mais atenção na educação dos filhos. A mulher quando é agredida, se sente impotente, porque aqui no Brasil nenhuma delas tem o apoio que deveria”, concluiu Daiane Caroline de Oliveira Melo.
Por Kátia Cavalcante