O diretor do Hospital Geral de
Nova Iguaçu, mais conhecido como Hospital da Posse, Joé Sestello, conversou com
os vereadores de Nova Iguaçu durante quase três horas, durante encontro
realizado na última segunda-feira, dia 15. Apontada como a unidade que tem a
maior Emergência do Estado do Rio de Janeiro, a Posse tem sobrevivido com
muitas dificuldades. “Contamos com 373 leitos, mas nossa realidade é de mais de
450 pessoas internadas todos os dias. Não é exagero dizer que, mesmo sendo
municipal, o HGNI atende a uma população acima de 3 milhões. Todas os que vivem
nas cidades da Baixada Fluminense, e até de outros municípios do Rio e Estados,
migram para cá. Nossa conta financeira não fecha. Se junta à falta de recursos,
a discriminação que os hospitais de administração estadual e federal fazem em
relação aos nossos pacientes. Muito difícil conseguirmos uma transferência”,
desabafou Joé.
O Diretor da Posse, Joé Sestello, fala sobre os indicadores do hospital |
O diretor disse ser muito
importante a conversa franca com o Poder Legislativo, mostrando de forma
transparente o funcionamento do hospital. “Esta Casa tem sido uma grande aliada
da nossa saúde. Quero citar a postura do ex-presidente da Câmara de Nova
Iguaçu, atual deputado federal, Rogério Teixeira Junior, Juninho do Pneu, que tem
sido um incansável em buscar recursos e ser um interlocutor junto ao governo
federal”. Ficou decidido que os vereadores irão interpelar a Supervia e a Nova
Dutra, empresas concessionários do serviço de transporte ferroviário de
passageiros e administradora da Rodovia Presidente Dutra, respectivamente, para
que contribuam com a vida financeira da Posse, visto que é para a unidade que
são trazidas as pessoas que se acidentam tanto na Supervia quanto na Nova
Dutra.
Audiência com secretário: Atendendo à convocação do presidente da
Comissão de Saúde da Câmara, vereador Fernandinho Moquetá, o secretário de
Saúde, Manoel Barreto de Souza, acompanhado de sua equipe, apresentou o
Relatório de Gestão do 3º Quadrimestre de 2018. Segundo ele, Nova Iguaçu virou
um polo assistencial de saúde em alta e média complexidade na Baixada. E mesmo
contrariando todas as expectativas, vem conseguindo atingir números que
significam superação para a administração pública.
Carlos Alberto, subsecretário de Planejamento, explica o relatório do 3° quadrimestre da Secretaria de Saúde |
- Em 2018, conseguimos a
qualificação de UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para a unidade de
Comendador Soares; conseguimos implantar o Centro de Apoio Infantil, que trata
de doenças de ordem emocional nas crianças; aumentamos para oito o número de
equipes do programa ‘Melhor em Casa’; entre outras conquistas – explicou o
secretário.
Os problemas continuam muito
grandes, no entanto. A Maternidade Mariana Bulhões, referência em partos de
alto risco, e que estaria preparada para realizar 350 partos/mês, vem
realizando quase 700. “É preciso um aporte financeiro e estrutural de, no
mínimo, o dobro para o nosso sistema de saúde. Manoel Barreto também fez
questão de agradecer o trabalho do deputado federal Juninho do Pneu, junto ao
governo federal, na defesa da população de Nova Iguaçu.
Fernandinho Moquetá afirmou
que a Secretaria de Saúde vem operando milagres para manter o atendimento em
funcionamento. As duas discussões sobre a saúde contou com a participação do
vereador-presidente Felipinho Ravis, Fernandinho Moquetá, Alcemir Gomes,
Rogério Villanova, Renata da Telemensagem, Dr. Cacau, Renato do Mercado,
Marcelo Lajes, Alexandre da Padaria, Li Só Alegria, Aguinaldo Camu, Mauricio
Morais, Fabinho Maringá e Paulinho Padaria. Os vereadores que não puderam
comparecer estavam em compromissos partidários.