*Almeida dos Santos
O deputado estadual Max Lemos, que segundo comentam está de olho no PDT para tentar disputar o cargo de prefeito em Nova Iguaçu, conseguiu reunir na manhã de ontem (sexta-feira, dia 24) no auditório da Firjan (Federação Industrial do Estado do Rio de Janeiro) em Nova Iguaçu, deputados, vereadores e lideranças de vários seguimentos, como da indústria e do comércio, além de representantes comunitários, todos na audiência pública para falar dos serviços prestados pela Light, concessionária de energia que é uma das mais reclamadas nos órgãos de defesa do consumidor do Estado.
Com o auditório lotado e gente de tudo quando é corrente política, Max Lemos deu uma prova da sua força política e que a sua pré-candidatura em Nova Iguaçu começa a crescer e ganhar visibilidade. É claro que nem todos que estavam lá apoiam eleitoralmente Max Lemos. Mas não há como negar a sua relação com as mais diversas forças políticas. Isso é um contraponto ao que vive o prefeito de Nova Iguaçu, Rogerio Lisboa (PR), que apesar de possuir a caneta da administração pública parece amargar um isolamento no seu próprio “castelo governamental”.
Nos últimos dias Lisboa tem sinalizado se candidatar à reeleição. Mas ficou mudo em relação a isso que permitiu que da sua mudez tudo mudasse. Possuiu partidos compondo a sua administração, porém na Câmara de Vereadores parece que está vivendo o seu pior momento. Nos blocos políticos formados na Câmara, de todos quem tem o menor número de defensor é o prefeito. E por parecer estranho, mas é!
O silêncio de Lisboa em não sinalizar que pretende ser candidato a reeleição permitiu que novas forças políticas na cidade surgissem e ganhando a simpatia de ocupar o espaço que Lisboa deixou de demarcar. O deputado Juninho do Pneu (DEM), apesar de não manifestar que quer ser candidato ou não, conseguiu colocar em seu entorno um número de vereadores que é simpático a sua candidatura. E isso faz com que a relação com a Câmara e torne tensa, apesar de não parecer.
Rogerio Lisboa está mudo e não muda. Permanece o mesmo que não recorre à reforma do secretariado para dar novos ares ao governo e demonstrar que vai marcar espaço e concorrer ao seu segundo mandato. Parece temer a reação da Câmara. Por isso acredito que o prefeito erra na política. O chato é que assim, mesmo com a caneta na mão, o prefeito se tornou um maestro, só que sem orquestra e quase ninguém para aplaudir a sua própria obra. Ainda que tirem proveito dela.
*Almeida dos Santos é jornalista.