Por Sara Rozinda Martins Moura Sá
dos Passos
Mãe protege do sol, da chuva,
do frio, dos amigos, dos percalços da vida. Mãe cuida, alimenta, dirige,
direciona, diverte, entretém, instiga, irrita, mas acredita. Mãe bota fé,
sempre.
Mãe vai à luta. Disputa,
discorda, confronta. E quando briga, tripudia. Diz verdades doloridas. Depois,
pede desculpas, beija e abraça forte. Acolhe, chora junto. Dá colo e castigo na
mesma proporção. Mãe educa.
Mãe tem muitas mãos e por
isso, faz das tripas, coração. Mãe tira mancha, tira dor e até maus
pensamentos. Mãe é mulher potencializada nos diferentes papéis de esposa,
filha, irmã, nora, tia, sobrinha... Mãe tem múltipla ação.
Mãe é um ser estranho. Às vezes consegue estar
aqui, lá e acolá. Tem olhos nas costas. Sensores altamente sensíveis. Quando
quer saber, vai fundo. Pesquisa, investiga, descobre. Mãe não é deste planeta.
Mãe se culpa (muito). Pelo que
fez, faz e fará. Pelo que não fez e pelo
que sonhou fazer. São as mães que mesmo pingando de cansadas, fazem a janta da
família. Corrige o dever do filho. Penteia a filha. Conversa com o marido.
Arruma armário. Coloca roupa para lavar. Planeja o almoço do dia seguinte. Faz
lista de compras. Faz depósito. Olha o whatsAp, tudo ao mesmo tempo. E quando a
casa silencia, toma banho, reza para toda família e desmaia.
Eu tive uma mãe maravilhosa.
Conheço e convivo com vários exemplos de mães igualmente fantásticas e
encantadoras, por isso a minha reverência a todas as mães nesse segundo domingo
de maio. Sobretudo, as mães que rezam
por seus filhos. Em tempos de tanta racionalidade, essas mães encontram tempo e
disposição para a oração. São mães que pela sua cria, aprenderam a colocar o
joelho em terra. Que sentiram o significado e a força da fé. São mulheres
jovens e antenadas que acreditam na máxima, que a minha mãe também acreditava:
mães de joelhos, filhos de pé.