Reivindicação prioritária é a construção de faixa
lateral no trecho
entre Queimados e Nova Iguaçu, prevista no atual contrato
O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) |
A Comissão de Transportes da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou audiência
pública na última terça-feira (7) para discutir melhorias na Rodovia Presidente
Dutra, que liga a capital fluminense à cidade de São Paulo. Representantes da
sociedade civil, do empresariado e dos governos municipais da região da Baixada
Fluminense apresentaram suas principais demandas, que serão articuladas junto à
Câmara dos Deputados e enviadas ao governo federal, responsável pela elaboração
de um novo modelo de contrato de concessão da via, que encerra em 2021.
O prefeito em exercício de Nova Iguaçu, Carlos Ferreira |
Entre as reivindicações
apresentadas estão a duplicação do trecho da Serra das Araras, a implementação
de um sistema de iluminação na rodovia, a desburocratização dos processos para
o desenvolvimento do empreendedorismo no seu entorno, a definição de uma faixa
seletiva para ônibus e, a principal delas, a construção de uma via lateral no
trecho entre os municípios de Queimados e Nova Iguaçu. “Nossa cidade está sendo
muito impactada pela ausência dessa terceira via, principalmente no seu
desenvolvimento econômico. Quando os veículos ficam engarrafados naquele
trecho, as pessoas pensam duas vezes antes de investir aqui”, declarou o
prefeito em exercício de Nova Iguaçu, Ferreirinha. Ele ainda disse que irá se
reunir com outros agentes públicos da região para discutir mais demandas que
possam ser inseridas no novo contrato.
O deputado federal, Juninho do Pneu (DEM) |
Alexandre Spadafora,
representante da empresa CCR Nova Dutra, que administra a rodovia, alegou que
uma decisão do governo federal determinou a realização de nova licitação das
concessões de rodovias do Rio e, por isso, parte dos investimentos previstos
não pôde ser implementado, como a construção da nova faixa entre Queimados e
Nova Iguaçu. “Esses investimentos estavam previstos, mas teria que se fazer um
reequilíbrio do contrato. Como o governo achou por bem relicitar todo um lote
de concessões, esses projetos foram encaminhados à ANTT, que tem conhecimento
da necessidade dessas ações”, comentou o gestor.
Foto registrada na Sala de Reuniões |
Impacto na região
Presente na audiência, o
prefeito de Queimados, Carlos Vilela, falou sobre o impacto da criminalidade ao
longo da via e cobrou mais investimentos, já que 65 mil veículos transitam
diariamente, pagando um valor alto de pedágio (atualmente fixado em R$ 15,20).
“Temos o infeliz prêmio de ser a rodovia com maior número de roubo de cargas de
todo o hemisfério Sul. Os empresários pensam duas vezes antes de se estabelecerem
nas cidades ao entorno da via”, comentou o prefeito.
E até mesmo a saúde da
população da Baixada reflete a necessidade de mais investimentos, em especial
da construção da faixa lateral. O prefeito em exercício de Nova Iguaçu,
Ferreirinha, comentou que diversos acidentes são causados em decorrência
do congestionamento no afunilamento da via. “Grande parte dos acidentes que
chegam ao Hospital da Posse, que atende quase toda a Baixada, é da Via Dutra,
principalmente no horário dos engarrafamentos. Isso prejudica todo o sistema da
região, já que encaminhamos recursos da saúde primária para atender às demandas
do hospital”, disse o prefeito, que ainda sugeriu o repasse de um percentual do
valor do pedágio para o atendimento às vítimas de acidentes.
Também participaram da
audiência secretários municipais, representante da Companhia de Desenvolvimento
Industrial (Codin), e o deputado federal Juninho do Pneu (DEM), que reiterou a
articulação com a União para a resolução das necessidades da região da Baixada.
Fotos de Octacilio Barbosa
Fotos de Octacilio Barbosa