No Dia Mundial do Meio
Ambiente, celebrado na última terça-feira (5), a Prefeitura de Nova Iguaçu deu
mais um passo em direção à preservação da natureza. Estudantes universitários
dos cursos de Geografia, Pedagogia e Engenharia Civil participaram do
lançamento do Programa Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica.
O evento foi realizado no auditório da Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro (UFRRJ) – campus Nova Iguaçu e reuniu cerca de 60 pessoas.
O programa tem como objetivo
principal a elaboração dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da
Mata Atlântica, uma parceria entre a Prefeitura de Nova Iguaçu, o Governo do
estado, o Ministério do Meio Ambiente e o Governo alemão. Segundo o coordenador
de Gestão de Áreas Protegidas e Biodiversidade da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Turismo de Nova Iguaçu
(SEMADETUR), José Arnaldo Oliveira, o plano tem como expectativa criar ações e
programas que venham a ser fomentados pelo Governo alemão.
“Eles se propõem a financiar
as ações e atividades definidas no programa, seja no campo da pesquisa, da
recuperação florestal ou da educação ambiental. Nova Iguaçu passa a ser um
grande laboratório num contexto metropolitano e mundial. Se este programa der certo,
a cidade será um exemplo para o restante do mundo”, afirma José Arnaldo.
Nova Iguaçu tem 66% de seu
território composto por áreas verdes. Com as mudanças climáticas afetando o
planeta e a população, a preservação destas áreas é uma das principais preocupações
do município. Para o superintendente de Áreas Verdes da cidade, Hélio
Vanderlei, a conservação e recuperação da mata atlântica é o maior desafio para
toda a região metropolitana. Ele explica que a Serra de Madureira, desde o
Caonze ao Km 32, é como uma “cabeça careca” que quando chove a água desce em
velocidade e leva terra solta para o sistema de drenagem e rios da cidade.
“Gasta-se dinheiro para limpar
e esperar a próxima chuva para acontecer tudo de novo. Se em 10 anos uma equipe
de 150 pessoas, entre elas engenheiros florestais, técnicos e estudantes,
plantar seis milhões de árvores, a gente vai perceber que a água da chuva vai
descer sem solo. Ou seja, o sistema de drenagem não vai entupir, os rios não
vão assorear e transbordar”, explica o superintendente da SEMADETUR.
Crédito - Alziro Xavier