Crianças vivendo na pobreza ou
em vulnerabilidade social é uma situação que incomoda a todos. E com razão. De
acordo com dados da Fundação Abrinq, 40,2% dos brasileiros com até 14 anos
vivem em situação de pobreza, sujeitos a altos índices de violência (inclusive
doméstica), evasão escolar e até problemas de saúde. Para modificar este quadro
em Nova Iguaçu, a Prefeitura criou o projeto PIPAS (Primeira Infância Protegida
da Assistência Social), desenvolvido pela Secretaria Municipal de Assistência
Social (SEMAS) e baseado no Programa Criança Feliz, do Governo Federal.
O lançamento do PIPAS será
nesta sexta-feira (7), às 13h, na Praça Rui Barbosa, no Centro. O projeto tem o
objetivo de beneficiar 2 mil famílias em situação de vulnerabilidade social,
acompanhando regularmente as crianças cadastradas no Cadastro Único, de 0 a 3
anos (beneficiárias do Bolsa Família) e de 0 a 6 anos (beneficiárias do BPC –
Benefício de Prestação Continuada), integrantes destas famílias. Aquelas que
não estiverem no Cadastro Único também serão atendidas e as famílias orientadas
a fazer o cadastramento.
O trabalho será realizado
através de visitas domiciliares às famílias com o objetivo de estimular a
relação afetiva entre a criança e seus cuidadores, promovendo o desenvolvimento
de diferentes habilidades desde os primeiros meses de vida. A intenção
principal é o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Serão 66
visitadores atuando nas ações, supervisionados por cinco pedagogos e
psicólogos. As visitas às famílias carentes começam no dia 10 de junho.
Os visitadores usarão
bicicletas que serão entregues no evento de lançamento do PIPAS. Todos passaram
por capacitação na SEMAS. “Abordamos desde a forma de abordagem às famílias
durante as visitas domiciliares, especialmente às crianças, e aos cuidados ao
andar de bicicleta com segurança pelas ruas da cidade”, conta a secretária da SEMAS,
Elaine Medeiros. “As visitas serão planejadas respeitando as necessidades e
particularidades de cada família. Estes planejamentos serão feitos mensalmente
a partir do estudo de caso e orientação de cada supervisor”, complementa.
Crédito - Alziro Xavier