A cidade de Belford Roxo ganhou o certificado de primeiro lugar com excelência na participação do programa de “Monitoramento de Qualidade de Alimentos”, promovido pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, entre os anos de 2018 e 2019. A entrega foi feita durante o 1º Encontro de Apoio às Vigilâncias Sanitárias Municipais, realizado no Rio. A honraria é uma espécie de Selo de Ouro que foi assinado pela subsecretária de Vigilância em Saúde do Estado, Cláudia Mello, e a superintendente de Vigilância em Saúde, Edna dos Santos Sá Spasojevic. O programa é supervisionado pela Coordenação de Vigilância e Fiscalização de Alimentos (CVFA) da Superintendência de Vigilância Sanitária do Estado do Rio de Janeiro (Suvisa). Quarenta e cinco municípios participaram da escolha.
A Secretaria Adjunta de Vigilância em Saúde de Belford Roxo realiza, em média, seis coletas mensais para análises, com um total de oitenta coletas desde 2018. Geralmente são alimentos industrializados (molho de tomate, feijão, arroz, etc.) que o estado indica para os municípios realizarem a coleta. Após as análises, caso o laudo seja insatisfatório, a empresa é notificada para resolver o problema, que pode ser desde de rótulo com informações inconsistentes ou algo relacionado a questões microbiológicas. As análises são feitas pelo Laboratório Noel Nutels. Cerca de seis técnicos entre médicos veterinários e biólogos, por exemplo, compõem a equipe atuante no programa.
Segundo a veterinária Eucy Galambo, a equipe da Vigilância em Saúde fez o seu trabalho com dedicação e comprometimento e foram surpreendidos pela honraria. “Foi uma surpresa, pois estamos falando de um Estado com prefeituras bem estruturadas. O desenvolvimento do nosso trabalho foi bastante elogiado pelo governo estadual”, destacou. Eucy ainda relembrou a reunião que aconteceu no ano anterior com os municípios. “O programa não é obrigatório, somente 45 municípios o abraçaram. Belford Roxo tem muitas dificuldades e a presença da vigilância se faz necessária. Além de que os próprios funcionários se animaram com o projeto. Isso é muito importante, pois estamos conferindo o que a população está consumindo”, completou.
SELO DE OURO
A veterinária ainda destacou a rotina do programa. “Atuamos dentro de pequenos a grandes estabelecimentos e em outros locais que tenham pessoas consumindo alimentos ou serviços. Os problemas que mais encontramos são sempre de higiene pessoal ou do estabelecimento”, informou. De acordo com Eucy, o Selo de Ouro é um motivador para a atuação e qualficação das vigilâncias. “É trabalhoso, mas foi gratificante ver nosso trabalho técnico e a importância de o trabalho da vigilância ser reconhecido. Quem recebe esse prêmio é a população”, finalizou.
Para o médico veterinário Maurício Rafael, o Selo de Ouro é uma forma de estimular a participação de mais municípios no programa. “Menos da metade dos municípios do Estado do Rio de Janeiro aderiram ao programa. Então essa certificação deve estimular. O prêmio não foi avisado, foi uma surpresa enquanto avaliavam o município”, arrematou. A bióloga, Luciana Gusmão explicou que a premiação se deu pela quantidade de coleta, que ajuda a ver a qualidade do produto. “Mas também foram pelas ações da Vigilância, como notificações em empresas e acompanhamento de produtos fora dos padrões”, afirmou.
Em um dos casos coletado e notificado pela equipe de vigilância de Belford Roxo foi detectado um problema na rotulação. “Realizamos uma coleta de saladas minimamente processadas e encaminhamos para o laboratório. Lá, foi visto que a rotulagem do produto não estava adequada, estando em desacordo com as normas legais. O fabricante de Teresópolis foi notificado e teve que alterar a rotulagem para ser coletado e passar por todo o processo novamente”, relatou o secretário adjunto de Vigilância em Saúde, João Paulo Souza.
Foto - Rafael Barreto