Os transbordamentos do Rio Botas, no valão Moquetá, às margens da Rua General Rondon, no bairro de Santa Eugênia, em Nova Iguaçu, que afetam cerca de 30 mil pessoas da região e da localidade da Chacrinha e Bandeirantes, estão com os dias contados. Na próxima segunda-feira (9), a Prefeitura inicia uma obra de canalização e urbanização do local, que vai ganhar três academias da terceira idade e playground, além do fechamento alguns trechos dos seus cerca de 10 km de extensão. O objetivo do projeto é evitar o transbordamento e, assim, acabar com as enchentes causadas pelas fortes chuvas.
“Será uma área totalmente revitalizada, modernizada, com uma nova calçada, com academias da terceira idade e área de lazer. O bairro de Santa Eugênia nunca teve uma obra como esta, um sonho antigo da população. Há 20 anos eles quer a canalização todo desse valão”, afirmou o prefeito de Nova Iguaçu Rogerio Lisboa. “Esse rio sempre transbordou e incomodou muita gente, impactando toda essa população”.
O prefeito ainda visitou as obras da Unidade Básica de Saúde Santa Eugênia, que está em andamento, será ampliado e modernizado. As obras começaram no dia 6 de janeiro e a estimativa é que elas terminem em 120 dias.
De acordo com o subsecretário de Infraestrutura de Nova Iguaçu, Fernando Barros, a primeira fase das obras do valão Moquetá será de limpeza do valão:
“Iremos desassorear este local, limpar tudo e depois executamos o projeto. Vamos colocar galerias para sustentar a estrutura deste canal, que vai impedir que moradores possam despejar lixo e entulhos no rio”.
Moradora da Rua Manoel Pereira Oliveira, a funcionária pública Maria Sueli Gonçalves, de 58 anos, disse que já não acreditava mais que as obras no local fossem chegar. Ela conta que já foi vítima de uma enchente do rio.
“Já entrou água na minha casa e sempre que chove forte não durmo, pois fico apreensiva. Tenho medo de uma tragédia. Nossa luta por esta obra era antiga, mas agora teremos uma nova realidade. O bairro ganhará uma nova roupagem”, lembrou ela.
Já a manicure Marlene Macedo Ferreira, de 68 anos, moradora da Rua General Rondon, diz não é só o fim das enchentes que deve ser comemorado. Sua alegria também é a construção da academia da terceira idade, que vai poder mudar sua rotina e manter a saúde em dia.
“Vou sair do sofá e me exercitar. Faltava isso no bairro. Mas o principal é não sofrer mais com o rio transbordando”, garantiu.