A Câmara de Vereadores de Belford Roxo aprovou, na última quarta-feira (24), o projeto de lei 801, que dispõe sobre a autorização da doação 4.426 metros quadrados (de um total de 8.852 metros quadrados) de um terreno, no bairro São Bernardo, para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) construir o prédio definitivo de uma escola técnica que funciona no local com 400 alunos. A unidade destina-se à educação de ensino médio e superior. Foram 24 votos a favor e apenas um contra. O prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, participou da sessão.
De acordo com o projeto, o IFRJ terá que construir o prédio no prazo de dois anos a contar data da publicação da lei, além de oferecer condições dignas, ensino gratuito aos estudantes. Se a cláusula não for cumprida, o terreno voltará a ser incorporado ao patrimônio do município.
Waguinho destacou que nunca foi do interesse da Prefeitura impedir o funcionamento do IFRJ no local. Porém, o prefeito alega que o município precisa construir o Hospital da Mulher na outra metade do terreno onde funciona o IFRJ. “Desde o início, eu, a deputada federal Daniela do Waguinho e o deputado estadual Márcio Canella nos posicionamos para ajudar ao IFRJ, pois sou o prefeito que mais investiu em educação neste estado. Quanto mais escolas técnicas, melhor. Se o IFRJ quiser mais terrenos para construir outras unidades em Belford Roxo, eu consigo. Mas o Hospital da Mulher com equipamentos de última geração, será construído para oferecer diversos tipos de exames como mamografia e preventivo. Além disso, as gestantes poderão fazer pré-natal e ter o bebê no Hospital da Mulher”, frisou Waguinho, destacando que a lei anterior que fazia a cessão prejudicava o município, pois com a cessão, a Prefeitura não poderia construir no local.
APOIO TOTAL – Na tribuna, o vereador Angelo Ramos, o Anjinho, destacou que o prefeito se empenhou para liberar parte do terreno para que o IFRJ construa o prédio. Já o vereador Bil da Piscina, enfatizou que nunca foi do interesse da Prefeitura impedir que o IFRJ continue no local. “Queremos manter a instituição, mas é inegável que Belford Roxo precisa do Hospital da Mulher”, resumiu.
A falta de uma maternidade municipal foi lembrada pelo vereador Álvaro Nuna, que salientou que as gestantes de Belford Roxo se deslocam para outros municípios quando vão ganhar neném. “Esse Hospital da Mulher é um anseio da população. As mães procuram atendimento em Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Mesquita. Essa situação não pode continuar. Além disso, o IFRJ terá mais de quatro mil metros quadrados para construir o seu prédio”, avaliou Nuna. “Em sete anos o IFRJ não fez o prédio de dois pavimentos, que era o projeto inicial. Construíram uma espécie de puxadinho adaptado. O prefeito buscou entendimento para que a situação seja resolvida”, frisou o vereador Rodrigo Gomes.
O vereador Antônio Tayano lembrou que a população estava eufórica com a possibilidade de se instalar o IFRJ em Belford Roxo, em 2013. “O prédio não foi construído e, o máximo que fizeram, foi colocar um contêiner lá no canto com o nome da instituição. Agora ficam espalhando que o prefeito e os vereadores querem acabar com o IFRJ. Muito pelo contrário: estamos cedendo o terreno para que o IFRJ construa de fato o prédio”, sentenciou.