*Almeida dos Santos
Uma coisa está evidente neste momento do jogo pela disputa à Prefeitura de Nova Iguaçu. Trata-se da polarização nas ruas e nas redes sociais entre os candidatos Rogerio Lisboa, que vai buscar a reeleição, desta vez pelo PP, e o deputado estadual Max Lemos, que saiu do MDB, ensaiou conversa com o PDT, mas acabou filiando-se ao PSDB. Tanto Max quanto Lisboa, alteraram os partidos para terem uma melhor condição na disputa. E o curioso é que ambos já tiveram fichas no PDT.
Max Lemos, desde março do ano passado, já sinalizava a sua saída do MDB por questões de disputa interna e, é claro, pelas condições que o partido se encontra no Rio de Janeiro. A prisão do ex-governador Pezão, além de Jorge Picciani, figuras proeminentes e que deixaram marcas e manchas no MDB do Rio, sem contar com o efeito Sergio Cabral, foram às condições para Max buscar viabilizar a sua candidatura abrindo conversas com algumas legendas, entre elas o PODEMOS e o PSDB, esta última que virou a moradia partidária atual dele. É bom lembrar que disputar contra Lisboa em Nova Iguaçu seria uma dificuldade para Max no MDB, tudo porque Leonardo Picciani provavelmente criaria problema.
A movimentação partidária do prefeito Rogerio Lisboa se deu por outros motivos. Com a segurança de que o DEM, do aliado Rodrigo Maia, está na sua base, Rogerio se movimentou para o PP na busca de uma aproximação com o deputado federal Dr. Luizinho, ele que até então era um potencial adversário. Nesse caso colocaria não apenas o Dr. Luizinho na sua campanha, como também puxaria para o seu palanque uma legenda e o presidente estadual dela.
O que acontece agora é que Lisboa permanece no seu mesmo campo político, porém, ainda tem a questão do vice, um assunto que deverá tratar para evitar melindres maiores dos que acontecem neste momento com aliados. Um dos exemplos é o partido do Brazão, que conta com membros no governo de Lisboa e também estava sendo visto como um partido que indicaria o vice, o AVANTE.
O que aparece neste cenário atual é o Max Lemos buscando resolver a questão da sua saída do MDB, enquanto Lisboa busca resolver a entrada do seu vice na chapa. E neste entra e sai o que se nota é que se Max está pagando um preço por sair do MDB, Lisboa pagará outro preço por entrar no PP, e em uma nova composição de aliados. Lisboa também precisa resolver o processo que responde sobre fake news, afinal, aguarda decisão fundamental para a sua segurança política na disputa de 2020.
*Almeida dos Santos é jornalista.