NOVA IGUAÇU, O PIOR AMBIENTE DE NEGÓCIOS DO RIO DE JANEIRO - Correio da Lavoura

Últimas Notícias

20 de jul. de 2020

NOVA IGUAÇU, O PIOR AMBIENTE DE NEGÓCIOS DO RIO DE JANEIRO

POR THIAGO RACHID


O ambiente de negócios em Nova Iguaçu está cada vez mais asfixiante. Esse cenário não é novo, mas piorou consideravelmente com o atual prefeito. Manter um negócio em nossa cidade é tarefa de heroísmo. Empreender um novo negócio por aqui é algo que só um desavisado faria neste momento. O ambiente é hostil, perverso e desestimulante aos novos investimentos.

A CONSEQUÊNCIA DESUMANA – As consequências disso são terríveis. A pior é no emprego. Dados do CAGED mostram que fomos a cidade brasileira que mais perdeu vagas de emprego em 2019, um ano em que houve retomada do crescimento dos postos de trabalho no país. A maioria absoluta das cidades brasileiras teve saldo positivo nos números de postos de trabalho no ano passado, mas Nova Iguaçu conquistou o triste título de campeã brasileira de desemprego. E o atual prefeito tem ser esforçado para conquistar o bicampeonato.

Como efeito, a extinção de postos de trabalho na cidade obriga o morador de Nova Iguaçu a ir buscar emprego fora da cidade, aumentando ainda mais a massa de trabalhadores iguaçuanos obrigados a passar de cinco a seis horas do seu dia nos pontos e nos ônibus que levam e trazem nossa gente para o Rio e para suas casas.

UM MAU NEGÓCIO PARA TODOS – Todo mundo perde com isso. Perde o trabalhador que se vê obrigado a abrir mão de grande parte do seu dia, privado de ficar com a família, deixando de estudar, de praticar esportes ou de ter momentos de lazer. Perdem muitos empregadores que, instalados na capital, têm que aumentar suas despesas com a folha de pagamento com caríssimas tarifas de transporte sem que essa despesa importe em benefício para o trabalhador. Perde a economia de Nova Iguaçu, pois toda essa massa trabalhadora acaba por gastar parte de sua renda no comércio da capital, onde está no horário comercial.

A INDIFERENÇA DO PREFEITO – Essa situação é uma tragédia para Nova Iguaçu. Todavia, resolvê-la está longe de ser uma prioridade para o Prefeito Rogerio Lisboa que, desde que assumiu, se esmera em piorar mais e mais o já prejudicado ambiente de negócios da cidade. Rogerio não facilita a vida do empreendedor que queira investir na cidade. Qualquer serviço relacionado à atividade econômica obriga o interessado a passar horas em filas e meses na dependência de liberações de alvarás, guias e outros documentos. Lisboa também já aumentou o ITBI, mantém o ISS no teto, conserva caótico o trânsito da cidade, tornando inviável a circulação razoável de bens e pessoas, a cidade imunda, especialmente nas zonas de comércio e recentemente teve a inacreditável ideia de fazer aprovar uma lei que cria um fundo de incentivo à multa para os fiscais da Prefeitura que serão premiados à medida que mais esfolarem as empresas e empreendimentos instalados a cidade.

É IMPOSSÍVEL PROSPERAR SEM PRODUZIR RIQUEZAS – Como uma cidade pode prosperar sem políticas públicas para o desenvolvimento econômico? Alguém já viu avanço sem produção de riquezas? O que se espera da Prefeitura não é a intervenção na economia para o desenvolvimento, é precisamente o contrário: desburocratização, facilidade, impostos mais baixos. A pauta do desenvolvimento econômico foi incluída na mesma secretaria que trata de meio ambiente, agricultura e turismo. E o indivíduo escolhido para comandá-la é o dirigente de um partido comunista, não é genial? Só na cabeça de Rogerio Lisboa um comunista pode comandar políticas públicas de desenvolvimento econômico.

MUDANÇA – Mudar esse quadro não é fácil. A tarefa, porém, torna-se impossível com a manutenção dos quadros de poder na cidade. Não há nenhum político com mandato nesta cidade, seja na Câmara Municipal ou na Prefeitura, com capacidade para fomentar um cenário que transforme positivamente o ambiente de negócios desta cidade cuja vocação empreendedora está no seu DNA, basta conhecer nossa história.

Eis o mecanismo perverso de manutenção da miséria, da pobreza, da péssima qualidade de vida, do desemprego, enfim, da decadência de nossa terra.