O SUICÍDIO DE SILA FILIZOLA - Correio da Lavoura

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6 de ago. de 2020

O SUICÍDIO DE SILA FILIZOLA


A morte de Sila Filizola, um suicídio que foi caracterizado como decorrente de um mal súbito, marcou profundamente a Família Azeredo. Este paulista de ascendência italiana foi um dos maiores companheiros de trabalho que os Azeredos puderam registrar, ao longo de mais de 20 anos de companhia nas oficinas, se bem que em períodos alternados. Seu fim trágico aos 47 anos de idade, foi assim tratado pelo CL, em sua edição de 3 de outubro de 1948:

“Ante-ontem (sexta-feira), à tarde, fomos surpreendidos com a infausta notícia: Sila Filizola acabara de morrer no interior da Leiteria Santo Antônio, vítima de um mal súbito.

Para nós que o conhecíamos de perto há vários lustros, pois fora aqui nosso companheiro de trabalho e de lutas por largos anos, ora na feitura de “A Crítica”, ou ora no Correio da Lavoura, estreitando sempre e cada vez mais os nossos laços de amizade, o inesperado passamento de Sila Filizola, como de resto a todos que o conheciam e estimavam, causou profunda consternação. O amigo Sila Filizola viveu como um filósofo, indiferente às coisas do mundo, mas, não obstante, sobretudo no meio esportivo local, ele fez inúmeras relações, grangeou estima e amizade e, pode-se afirmar, não deixou inimigos na sua passagem pela terra. (...)

Custeou seu funeral o deputado Getúlio Moura.

Sila Filizola, que ostentava 47 anos de idade, havia precisamente um ano que deixara a oficina por espontânea vontade, mas ficaram em todos que aqui labutam a lembrança do companheiro nos instantes bons e maus, daquele que nos era ligado por laços fraternos”. 

(Foto do arquivo do Correio da Lavoura)