A Secretaria de Saúde de Belford Roxo deu início as ações de conscientização ao Dezembro Vermelho. Na última terça-feira (1º) aconteceu um evento idealizado pelo Programa de IST /AIDS, que é vinculado à Secretaria Executiva de Vigilância Epidemiológica com palestra, distribuição de preservativos e informativos na Policlínica Neuza Brizola (Centro) para alertar aos usuários a importância da prevenção e diagnóstico precoce da Aids e as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Ainda durante a ação, quem passou por lá pôde fazer o teste rápido para sífilis, HIV, Hepatite B e C. Essa testagem já é oferecida pela unidade às terças e sextas-feiras, das 8 às 12h.
O “Dezembro Vermelho” surgiu em 1987, quando a Assembleia Mundial da Saúde e a Organização das Nações Unidas (ONU) definiram que o dia 1º de dezembro seria o Dia Internacional da Luta Contra a Aids.
O secretário municipal de Saúde, Christian Vieira, salientou a importância do programa de prevenção à Aids e às infecções sexualmente transmissíveis. Ele destacou que o Centro de Atendimento e Controle Epidemiológico (Cace), em Santa Maria, dispõe de profissionais qualificados para o atendimento a pessoas que estão em tratamento. “A prevenção é importante. Na década de 80 a Aids chegou com força total e matou muitas pessoas. Hoje existem remédios que controlam a doença. Mas todos os cuidados são fundamentais”, avaliou.
PRECONCEITO
De acordo com a responsável pelo setor de ISTs da unidade, Jaqueline Shaiane, 150 mil pessoas são portadoras do vírus HIV e não sabem, enquanto 830 mil tem ciência do vírus. “Por isso é necessário que a população se conscientize da importância do diagnóstico precoce. HIV não é sinônimo de morte, tem tratamento. Mas para isso é preciso deixar o preconceito de lado e fazer o teste pelo menos uma vez ao ano”, explicou Jaqueline ao lado do responsável pelo setor de epidemiologia, Rafael Azevedo.
O CACE , localizado na Avenida Estrela Branca, 117, no bairro Santa Maria, é a unidade que realiza tratamento das ISTs, HIV/Aids e Hepatites B e C, com uma equipe multidisciplinar. De acordo com a coordenadora dos programas, Zenaide Cadette, são 3.400 pacientes cadastrados, sendo que 1.500 que tomam medicação.
Renata de Andrade Martins, 38 anos, dona de casa, moradora do Centro, foi até a unidade participar do evento e aproveitou para fazer os testes pela primeira vez. “Ainda existe preconceito e a comunicação é a melhor maneira de prevenção. São muitos mitos ao redor dessas doenças e informar a população nos dias de hoje é importante. Esses testes salvam vidas, pois muitas pessoas têm a doença e trata de maneira errada por falta de informação”, disse Renata.