A laranja era conhecida dos nossos índios (tupinambás), com a denominação de morgujá-assú. Para o professor Ney Alberto, há dúvida: a laranjeira foi introduzida nesta área pelos portugueses ou pelos normandos?
Estes já estavam no litoral brasileiro antes dos portugueses, daí a expressão kari-ók (carioca). Em Nova Iguaçu, o período áureo da citricultura foi o da década de 30 (1930-1939). De 1940 a 1956 a produção foi decaindo progressivamente, até que cedeu espaço aos loteamentos, já a partir do término da II Guerra Mundial (1945).
A laranja propiciou o surgimento de muitas indústrias: serrarias (para o fabrico de caixas), tipografias (para a impressão de papéis timbrados e grandes rótulos para as caixas destinadas à exportação), fábrica de doces, geléias e de vinhos e licores.
Na foto de 1952, da autoria de José Rodrigues Quaresma (Candoza), que nos chegou por intermédio de Vadinho (Oswaldo Quaresma), ilustramos Nossa Memória desta edição com a fábrica do alemão Germano Lube (Vinícola Independência). Estabelecida à Rua Catita, atual Álvaro Fonseca de Jesus (esquina com a Rua do Encanamento). O famoso Vinho Reconstituinte Silva Araújo, para a sua fabricação, recebia do Senhor Germano Lube componentes para a sua constituição.