Nascido e criado no bairro Tinguá, em Nova Iguaçu, o artista plástico Rodrigo Monteiro, desde cedo se inspirou no deslumbre do lugar para criar. Aos 12 anos, ele usava tinta de parede para colocar sua arte na tela. Como não tinha condições de comprar materiais profissionais, usava placas descartadas de campanhas eleitorais para criar imagens em tintas. Rodrigo hoje vive entre Nova Iguaçu e São Paulo e sua arte expandiu horizontes. A Galeria de Artes Fenig recebe as obras de Rodrigo, na exposição “Animais: cor e arte”, a partir desta segunda-feira (12) até o dia 30 de agosto, na Rua Governador Portela, 812, no centro de Nova Iguaçu.
“Eu me inspiro nas temáticas da vida simples como a vida na roça, atividades da rotina e a interação com a natureza, sempre com muito colorido e a expressão dos animais, na técnica hiper-realista que se aproxima da fotografia. Também gosto de retratar a força do mar interagindo com o homem”, afirma Rodrigo Monteiro, que tem uma forte influência do britânico William Turner considerado um dos precursores do modernismo na pintura, em função dos seus estudos sobre cor e luz.
“Para mim é um privilégio expor em Nova Iguaçu porque é onde minha história começou e onde está a maior parte dos meus amigos de infância e familiares. É uma honra representar a cidade com a minha arte”, ressalta Rodrigo. Num resgate da vocação da Fenig nas artes visuais, a Fundação inaugurou a Galeria de Artes em novembro de 2019, com a exposição internacional “Ojú Olhos”, do fotógrafo Raimundo Santa Rosa, que trouxe a beleza da cultura dos povos africanos, numa celebração do mês da Consciência Negra. As exposições seguintes foram das pintoras Nicole, Cristiane Paula, Ane Alves e Solange Maria de Souza, do pintor Jeremias Cristino e a exposição coletiva “Artista é a mãe”, com curadoria de Silvia Schiavone, mostraram a força das artes visuais em Nova Iguaçu.