Depois da entrega ao tráfego dos trens elétricos (final dos anos 30), fato que se associa às pragas nos laranjais, êxodo rural (procura de terrenos nas terras periféricas da então Capital Federal, região que hoje se denomina Grande Rio), a II Guerra Mundial etc., vários sítios que eram somente dedicados à produção de citrus (laranja) começam a ser loteados. Na década dos anos 50 – até 1956 a produção de laranjas resistiria – entra em cena a Rodovia Presidente Dutra. A vocação agrícola, entre a velha ferrovia já então centenária e a “variante” (a Dutra), dará lugar à explosão demográfica anunciada.
Na foto de 1937, caminhões descarregam laranjas na plataforma do packing-house (Francisco Baroni & Filhos/Nova Iguassú-RJ). O extinto packing-house (casa de embalagem), ainda conservado, fica na descida do viaduto Pe. João Musch (início da Av. Governador Roberto Silveira, no corte da Via Light), nos fundos do terreno de extensão da antiga sede da Associação Rural, e tinha por finalidade selecionar e embalar nossos pomos de ouro para a exportação. Em razão da importância do imóvel, não há em Nova Iguaçu outro local tão apropriado para que a Municipalidade providencie a instalação do Museu da Laranja.
(Foto cedida pelo jovem Maurício, bisneto de Francisco Baroni)