“A sociedade iguaçuana não se comovera tão profundamente como se verificou quarta-feira pela manhã. Willa Monteiro Cardoso, uma jovem inteligente e prendada de quinze primaveras, saiu alegremente, como de costume, da residência de seus pais, o casal Luiz-Diocina, para o Colégio Santo Antônio, onde cursava o quarto ano ginasial, fazendo as provas finais para a sua própria formatura. Pois bem, inesperadamente, que ela era jovem e cheia de vida, aplicada aos estudos secundários, e também ao balé, ao piano e acordeon, quando no pátio de recreio daquele educandário entre suas queridas colegas, à espera da aula seguinte, Willa pôs as mãos no peito, sentiu-se mal e logo sofreu um colapso fulminante, que não adiantaram as providências imediatamente tomadas pelas irmãs, professoras e alunas, em cujos braços a pobre Willa já exalara o último suspiro, sem que elas mesmas o percebessem. O alvoroço, o desespero de todos foi indescritível quando, com o padre e o médico presentes, tiveram ciência da dolorosa realidade. Também com a chegada dos seus pais ali. Com o velório no Salão Paroquial. Com a missa de corpo presente na manhã seguinte. E finalmente com o enterro, acompanhando-o quase todos em pranto, uma verdadeira multidão de jovens de todas as escolas.
Willa deixou seus pais inconsoláveis, porque, carinhosa e meiga, era o seu orgulho, a sua razão de ser. Também as suas professoras e colegas, de quem era amiga sincera, cordial, por isso que não se conformam e choram com tamanha dor.
A querida Willa partiu e ficamos todos sentidos, com lágrimas nos olhos. A querida Willa é para nós dor e saudade”.
(Íntegra do texto publicado na edição do CL de 25 de novembro de 1962)