Por Almeida dos Santos
Nova Iguaçu é uma cidade conservadora. E não falo isso pela presença do prefeito Rogerio Lisboa (PP) no palanque da primeira-dama Michele Bolsonaro, na última quinta-feira (20), na atividade da Praça Rui Barbosa em um ato da campanha eleitoral do presidente Jair Bolsonaro. Nem é preciso, também, olhar para a votação que o Bolsonaro teve em Nova Iguaçu em 2018, com 72,48% dos votos disputando contra Fernando Haddad (PT), no segundo turno, que teve 27,52%. Basta olhar para a disputa com o presidente Lula no primeiro turno destas eleições para ver que Bolsonaro teve 57,27% dos votos válidos com todos os candidatos na disputa. Enquanto isso, Lula teve nada menos que 35,80% ficando em segundo lugar. Uma distância de aproximadamente 22%.
O retrato na Câmara
O conservadorismo iguaçuano pode ser visto também na ausência de representantes do PT na Câmara Municipal. Faz tempo que no Poder Legislativo não é visto um representante do PT. O ex-vereador Carlos Ferreira, que era do PT quando formou chapa com Rogerio Lisboa na disputa eleitoral de 2016, assumiu o cargo como petista, mas deixou a legenda e passou por outros partidos até estacionar no PSB, legenda que neste ano veio candidato a deputado estadual obtendo pouco mais de 6 mil votos.
Comodidade
Olhando bem de perto, aquele entusiasmo petista e de militância aguerrida ainda existe, mas nas redes sociais. Poucos petistas – apenas os mais históricos – estão ocupando as ruas do centro fazendo campanha. Muito diferente daquele partido que fazia o chão tremer em épocas eleitorais. Boa parte da militância prefere a comodidade das redes sociais para militar.
Não adianta
Parece que a Secretaria de Trânsito e Mobilidade Urbana não tem em seu mapa de fiscalização a Av. Nilo Peçanha, em pleno centro de Nova Iguaçu e que faz ligação com a Via Light. As calçadas são estacionamentos que idosos e cadeirantes não conseguem passar com tranquilidade. Estacionamento irregular tira o direito do pedestre de andar.