*Thiago Rachid
O chamado clima de “polarização” da política pode terminar neste domingo (30 de outubro) ou se alongar indefinidamente. Explico:
1. Em caso de vitória de Jair Bolsonaro, Lula terá sua 4ª derrota e em 2026 estará com 81 anos e fora de combate. E Bolsonaro também, pois não poderá ser candidato à reeleição. A disputa não terá os líderes de um lado, nem de outro.
2. Em caso de vitória de Lula, Bolsonaro seguirá liderando a oposição e será candidato contra um candidato lulista. A polarização continuará viva.
A vitória de Lula ainda deverá gerar um governo engessado, pois terá dura oposição no Congresso, com minoria no Senado, sem espaço para seu método de compra de votos como na época do mensalão e do petrolão.
Além disso, Lula terá uma oposição de verdade na sociedade, pois o bolsonarismo não vai deixar barata uma derrota suspeita, considerando as chicanas do STF e a atuação desastrosa do TSE no período eleitoral. E é uma oposição que se apropriou das ruas do Brasil e adora enchê-las.
Um governo Bolsonaro terá dificuldades inerentes ao ofício, mas contará com Congresso favorável e as vantagens de uma governança fiscal responsável.
O voto apaixonado pode ser em qualquer um dos dois, conforme a paixão de cada eleitor. Mas, o voto racional, este é em Bolsonaro, sem nenhuma dúvida.
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No momento em que escrevemos este texto não sabemos quem vencerá a eleição presidencial. Mas, no estado do Rio a vitória de Bolsonaro sobre Lula é certa. O povo do Rio de Janeiro parece não ter esquecido os tempos da cleptocracia de Sérgio Cabral que tinha em Lula seu grande fiador.
Assim como Lula no Planalto, Cabral no Palácio Guanabara protagonizou o governo mais corrupto da história fluminense e, não à toa, está na cadeia pagando seus quase 400 anos de penas privativas de liberdade.
Um estado habitualmente simpático à esquerda política, que já elegeu Garotinho, Brizola e Rosinha, por exemplo, dará a Bolsonaro pelo menos 60% dos votos válidos.
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Em Nova Iguaçu estima-se uma vitória ampla de Bolsonaro também. O presidente já venceu no primeiro turno e deve ficar entre 60% e 70% dos votos válidos dos iguaçuanos.
*Thiago Rachid é advogado e empresário.