Por Kátia Cavalcante
O Dr. Eder Rodrigues foi o mediador do debate que teve como tema: "O 'inviável' Judiciário brasileiro faz Justiça? Qual e como?" |
Um momento de encontro, palestra e debate com o advogado Eder Rodrigues, professor em Direito Constitucional e Linguagem Jurídica, leciona na Faculdade de Pato Branco, no Paraná (FADEP), e é assessor da Universidade Nova Iguaçu (Unig).
Dr. Eder explanou sobre tema “O ‘Inviável’ Judiciário Brasileiro faz Justiça? Qual e como?”. A palestra aconteceu na manhã do último sábado (17), às 9h, na Rua Dom Walmor, em Nova Iguaçu. O advogado abriu às portas do seu escritório para receber advogados, professores e amigos, para participarem de uma discussão sobre a Justiça no Brasil.
A aplicação do debate ocorreu de forma simples e prática entre todos que estiveram presentes. Um encontro que acrescentou conhecimento, muitas discussões e debates sobre o Judiciário. Segundo Eder, a aplicação do Direito pelo Judiciário, da instituição a discussão crítica, é um debate sendo um enfoque 40% sociológico e 60% ético filosófico. A ideia de Justiça é sonhada e não pensada. Todos e cada um de nós merecemos qualquer bem do mundo. Quem renuncia a participação dos bens, está renunciando a sua essência.
O CL esteve no local e entrevistou o advogado Eder Rodrigues com a seguinte pergunta: Qual a importância desse tema para os advogados e a sociedade civil? “Para os advogados, nenhum outro tema seria mais importante. Refletir sobre o Judiciário é primeira necessidade dos que vão nele trabalhar”, disse o professor Eder.
Para ele, o Judiciário é o único poder constituído pelo voto popular. “O Poder Judiciário no Brasil é constituído da União Federal e de cada Estado. A Justiça da União compreende a Justiça Federal Comum e Justiça Federal Especializada (Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar). Os Estados organizam seu Poder Judiciário, porque tem autonomia política”, salientou o Dr. Eder Rodrigues.
Segundo o professor Eder, esse tema é importante para a sociedade civil. “Para a sociedade civil, a importância do tema salta aos olhos, pois todas às questões litigiosas entre as pessoas desembocarão necessariamente no Judiciário. No atual momento, percebe-se que a classe dominante neste país procura desacreditar as instituições todas as vezes em que elas (as instituições) ameaçam de qualquer modo a manutenção de seus privilégios. Assim, esse processo de desmoralização das instituições acabou resvalando no Judiciário, o qual se mostra, atualmente, como o mais rejeitado pela sociedade civil. Esse, aliás, é o objetivo do debate, que almeja transformar-se num Foro permanente de discussões, para o resgate dessas instituições”, concluiu o advogado Eder Rodrigues.
Participaram do debate os professores Leonardo Nolasco, Samir Lopes, Jorge Gaudêncio, Ornisson Fernandes, Dra. Durcelânia Souza, Dr. Matusalém de Souza, o ex-vereador Carlão Chambarelli, a Dra. Paula O. Dias, Miguel Ribeiro (presidente da Fenig) e o Dr. Celso Amorim.