Professores e alunos das escolas municipais de Nova Iguaçu participaram do encerramento do programa Jovens Empreendedores Primeiros Passos (JEPP), promovido pelo Sebrae em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED). O evento foi realizado na Casa do Professor, sede da SEMED, e culminou com a apresentação de trabalhos realizados pelos estudantes ao longo dos últimos meses e com a palestra de Márcio Cerbella, instrutor do Sebrae.
A proposta do JEPP é trabalhar a educação empreendedora nas escolas, para que cada aluno busque o autoconhecimento e desenvolva a autonomia, a criatividade e o espírito de coletividade, habilidades essenciais para a gestão da própria vida. Para isso, quase 100 professores foram capacitados para que pudessem replicar o conhecimento adquirido nas salas de aula. Desta forma, mais de 3.600 estudantes do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental participaram do projeto.
“Esta foi a primeira vez que recebemos o JEPP, mas certamente não será a última. Ações como esta são fundamentais para o desenvolvimento da educação empreendedora e podem ser de grande importância na vida das nossas crianças e dos nossos professores”, destaca a secretária municipal de Educação Maria Virgínia Andrade Rocha, revelando que em 2023 o projeto será levado a outros anos de escolaridade para que mais crianças sejam alcançadas.
As turmas do 4º ano trabalharam o tema “Produções Culturais Criativas”. Os participantes criaram um evento de produção cultural para convidados, alunos e professores da escola. Já no 5º ano, foi trabalhado o tema “Sabores e Cores Regionais” e as turmas montaram uma área de alimentação, chamada Espaço Gastronômico, priorizando a oferta de alimentos saudáveis e regionais.
De acordo com Fernanda Lisboa, gestora estadual do programa de Educação Empreendedora do Sebrae, o objetivo do JEPP é estimular o empreendedorismo dentro das instituições de ensino. “Queremos estimular competências empreendedoras, o protagonismo, a autonomia do aluno para a resolução de problemas, fazendo com que os jovens possam se organizar, se planejar e buscar atitudes empreendedoras”, explica Fernanda.
Além dos alunos do 4º e 5º anos, estudantes da EJA (Educação de Jovens e Adultos) também participaram do JEEP. Juliana Fontoura, gestora regional do projeto, explica que muitos deles acreditavam que para empreender era preciso ser um empresário, dono de um grande negócio.
“É muito comum que os alunos iniciem o curso não se vendo como empreendedores. Mas ao final eles entendem que também podem ser. É preciso apenas que cada um descubra suas habilidades e as valorize”, garante a gestora regional, diferenciando o trabalho realizado pelo projeto. “Embora o conteúdo seja o mesmo, o empreendedorismo, é preciso trabalhá-lo de forma diferente com cada público. Com os adultos a linguagem é outra, falamos de sonhos, mercado de trabalho e carreira profissional.