TROCANDO EM MIÚDOS - Correio da Lavoura

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13 de dez. de 2022

TROCANDO EM MIÚDOS

Por Almeida dos Santos


Blocão
O decorrer do ano de 2023 será o tempo em que os pretendentes à Prefeitura de Nova Iguaçu terão para começarem a se organizar para 2024. Neste mesmo período, nomes como Felipinho Ravis (Solidariedade) e Carlinhos BNH (PP), assumem os seus mandatos na Alerj e ganharão mais visibilidade e força política municipal. Ambos têm alianças com o deputado federal reeleito, Dr. Luizinho (PP), que não sinaliza querer ser – até o momento – candidato a prefeito. Enquanto isso, Rogerio Lisboa (PP), que está no seu segundo mandato, terá que ter toda a cautela para apoiar alguém para a sua sucessão. Mas há nomes que são trunfos que Lisboa pode utilizar numa composição dentro desse próprio grupo. Hoje, da extrema confiança do prefeito, é o presidente da Câmara, Dudu Reina (PDT), que pode ser utilizado como coringa em uma possível composição para representar diretamente Rogerio nesse processo. E uma coisa que favorece Lisboa é que apesar desses nomes todos fazerem parte do seu grupo e base, ele ainda possui a caneta e pode fazer uma boa transferência de votos para o seu escolhido. Esse “blocão” provavelmente é o que irá disputar com um candidato que deve se apresentar no campo da esquerda. E esse nome pode ser o do ex-prefeito Lindbergh Farias (PT).

Probabilidades
O trabalho que o presidente da FENIG, Miguel Ribeiro (Cidadania), vem desempenhando nos dois períodos administrativos da gestão do prefeito Rogerio Lisboa o credencia a estar no páreo novamente para a disputa por uma vaga na Câmara. Na eleição passada, Miguel obteve um desempenho expressivo ficando com 3.921 votos e na 14ª colocação. Se aumentar o número de cadeiras, o quociente eleitoral baixa. E se isso acontecer e Miguel manter a votação passada, a probabilidade de conquistar um mandato fica mais favorável que na eleição passada.

Espaço da extrema direita
A derrota de Bolsonaro na disputa pela presidência não significa que em Nova Iguaçu os seus seguidores não possam colocar na disputa eleitoral alguém que os represente. É bom lembrar que Bolsonaro venceu no Município, tanto em 2018, quanto em 2022, bem e com folga. Mesmo com Lula no poder, a tendência é o conservadorismo iguaçuano manter o seu status. E se houver deslizes graves do governo Lula no decorrer de 2023, isso será usado fortemente por um possível candidato da extrema direita.

Mais do mesmo
Com Lula na presidência, o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindbergh Farias (PT), é um dos nomes que já pronunciou interesse em ser candidato na disputa para prefeito em 2024. Mas o problema de Lindbergh é justamente o modelo de quando governou a cidade. Saiu daqui cheio de problemas na Justiça e não representaria o novo no Município. Muito pelo contrário. Seria o mais do mesmo.