Respeitar o próximo é cultivar a paz. A Secretaria de Cultura de Belford Roxo promoveu na última segunda-feira (23) o 5° Simpósio em Combate à Intolerância Religiosa, no Teatro da Cidade. O evento reuniu representantes de diversas religiões para debater sobre o discurso de ódio e discriminação religiosa no município.
A mesa foi composta pelo secretário municipal de Cultura, Bruno Nunes, o candomblecista pai Salomão Moura, o umbandista Sérgio Santos de Oxossi, o budista Diogo Augusto, os pastores evangélicos Cláudio Santos e Júlio Costa, o empresário do ramo da saúde, Leandro Santoro, e João Elias (LGBTQIAP+). Além da presença do Conselho Municipal de políticas públicas culturais.
O evento teve como objetivo promover um diálogo entre representantes religiosos e responder perguntas do público presente e online, através de uma “live” que transmitiu todo o encontro ao vivo.
O secretário municipal de Cultura, Bruno Nunes, destacou a importância de dar voz à sociedade. “Convocamos autoridades e líderes religiosos para combater a intolerância e garantir a liberdade das crenças”, comentou. “Nesses últimos anos estamos trabalhando para que as políticas públicas sejam igualitárias e promovidas nas escolas, nas praças, e campanhas educativas de conscientização em toda Belford Roxo”, concluiu Bruno.
AÇÕES AFIRMATIVAS
O representante do Candomblé, pai Salomão, aproveitou o evento para resgatar memórias que construíram o caminho até existir o diálogo entre religiões. “Desde 2007, é celebrado em 21 de janeiro, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Foi esta a data da morte da ialorixá baiana Gildásia, conhecida como Mãe Gilda, em 2000”, relembrou. “Seguimos na luta, combatendo a intolerância e racismo na Baixada Fluminense através de ações afirmativas. Estamos presentes para representar as religiões de matrizes africanas, respeitando um mundo multirreligioso”, finalizou Salomão.
O representante evangélico, pastor Cláudio Santos, reforçou que a religião não prega violência e hostilidade. “A religião não incita à guerra, nem conflito, apenas amor. Hoje temos uma igreja evangélica aberta para diálogos, interagindo com outras comunidades religiosas”, pontuou. “O evangelho é de amor, somos todos irmãos e por meio da nossa fé queremos o bem de todos, não existe algo diferente disso”, acrescentou Cláudio.