TROCANDO EM MIÚDOS

Por Almeida dos Santos

Perenidade

Desde quando foi eleito para o segundo mandato, em 2020, o prefeito Rogerio Lisboa vive uma “lua de mel” com a Câmara. E deve terminar a gestão do segundo mandato sem problemas. Um dos maiores acertos para isso foi o apoio a Dudu Reina, seu aliado de primeira hora, na eleição que definiu a presidência da Câmara. Nos primeiros quatro anos da sua gestão anterior, que durou em 2016 a 2020, por alguns momentos o governo municipal enfrentou crises com a Casa. Mas agora, desde 2021, vem governando com a tranquilidade e o apoio da Câmara, sem ter que viver empecilhos políticos e administrativos. As mensagens enviadas pelo governo têm sido levadas a plenário e votada sem os penduricalhos de emendas. Com a aproximação do processo eleitoral, pode ser até que essa paz venha estremecer os corredores da Casa, mas com a experiência que Dudu Reina vem demonstrando, tudo indica que o futuro do prefeito é ter um fim de gestão de mãos dadas com a Câmara e cumprindo o seu legado sem crises.

Vitória de André Ceciliano

A autorização dada pelo presidente Lula para que o Aeroporto Santos Dumont opere somente os voos para São Paulo e o Distrito Federal, foi uma luta travada não apenas pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes. Então presidente da Alerj, André Ceciliano, foi um defensor empenhado nesta mudança e batalhou para que hoje o presidente analisasse e desse essa autorização. Hoje, Ceciliano é Secretário Especial de Assuntos Federativos da Presidência da República. Uma vitória do Rio, mas pode ser colocada na conta do André.

Para pensar

Após a boa avaliação da Festa de Santo Antônio, pensar no Carnaval 2024 é fundamental. Afinal, esse assunto é de interesse de muita gente que vive na periferia e não conta, nos últimos anos, com a realização da maior festa popular do brasileiro. A Câmara deveria trazer esse debate à baila para discutir, inclusive, como obter parceiros do setor privado para que a Prefeitura possa realizar o Carnaval em uma quantidade maior de bairros.

Balões de ensaio

Quem antecipa campanha, antecipa gastos e desgastes, além de ficar mais vulnerável aos ataques de opositores que até mesmo no futuro podem vir a ser aliados. As alianças de hoje não representam as alianças que poderão ser firmadas amanhã. Pré-candidatura é só intenção ou instrumento de negociações. A única coisa certa é o governo ter um candidato que seja de confiança na sucessão eleitoral e apostar tudo nele. Esse é o desenho do momento e as especulações também fazem parte do jogo. Muitas pré-candidaturas hoje são apenas “balões de ensaio”.

Ecos do Lindbergh

Desde quando Lindbergh Farias (PT) deixou a Prefeitura e saiu da cidade para tocar os seus projetos eleitorais, ele só apareceu em Nova Iguaçu para pedir votos ou alinhar os seus interesses eleitorais. A Câmara, de lá para cá, deixou de ter um representante petista. O último foi Ferreirinha, que se elegeu vice de Rogerio Lisboa e hoje não está mais no PT. Lindbergh Farias quando optou por disputar um cargo municipal, candidatou-se a vereador no Rio de Janeiro. Essa ausência dele contribuiu, e muito, para que o PT local sentisse o abandono.