ANEMIA FALCIFORME AGORA TEM LEI APROVADA EM NOVA IGUAÇU

A Lei Municipal nº 5.142/23, de autoria do vereador Dr. Robertinho, que institui o “Programa Municipal de Saúde dos Portadores de Anemia Falciforme”, acabou de ser sancionado pelo prefeito Rogerio Lisboa

No Brasil, entre 2014 e 2020, a média anual de novos casos de crianças diagnosticadas com doença falciforme, no “Programa Nacional de Triagem Neonatal”, foi de 1.087, em uma incidência de 3,78 a cada 10 mil nascidos vivos. Estima-se que, atualmente, há entre 60 mil e 100 mil pacientes com doença falciforme no País. A doença falciforme é hereditária e se caracteriza pela mudança na estrutura dos glóbulos vermelhos, que assumem formato semelhante a uma foice ou meia lua. Assim, há dificuldade no transporte de oxigênio entre as células e até obstrução nos vasos sanguíneos. O fenômeno provoca anemia e outros sintomas que vão desde dores nos ossos e nas articulações até infecções e atraso no desenvolvimento. O diagnóstico é feito pelo teste do pezinho, que é realizado antes que o bebê receba alta da maternidade.

A Lei Municipal nº 5.142/23, que institui o “Programa Municipal de Saúde dos Portadores de Anemia Falciforme”, acabou de ser sancionado pelo prefeito Rogerio Lisboa. “A anemia é uma condição genética, afeta a forma das células do sangue, podendo causar complicações de saúde graves, havia ausência de norma no Município, então fiz valer com essa legislação aprovada”, disse o vereador Dr. Robertinho (autor do projeto).

Após a descoberta, o paciente é acompanhado por toda a vida, na maioria dos casos, os sintomas se manifestam na segunda metade do primeiro ano de vida da criança. É necessário estabelecer um debate com ações específicas visando à efetivação desse Programa. Pois apenas o Hemorio atende todo o Estado, todavia, profissionais da rede pública desconhecem, na sua maioria, a doença falciforme, assim alguns portadores vivem uma vida de penúria, privações e sofrimento ao extremo na busca por tratamento.