Por Almeida dos Santos
As especulações sobre as pré-candidaturas ou alianças políticas fazem parte do processo pré-eleitoral. No entanto, as candidaturas só existem depois de homologadas. Até após a homologação, pendências jurídicas podem influenciar no quadro eleitoral com o surgimento de contratempos. Neste momento, todo mundo é pré-candidato, mas nem todos realmente serão candidatos. O que assistimos, até então, são movimentações que podem levar muitos desses nomes envolvidos no jogo político a muitos lugares, inclusive a lugar nenhum.
Entre brios e brioches
O neopetista Tuninho da Padaria, que já foi vereador na cidade e passou por algumas legendas como PSB e PV, foi estimulado pelo ex-prefeito e deputado federal Lindbergh Farias (PT) a se posicionar como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Prefeitura de Nova Iguaçu nas eleições de 2024. Até a Professora Marli de Freitas, presidente municipal da legenda, andou abanando o nome do empresário e proprietário da Confeitaria Estrela do Rancho, mais conhecida como Padaria do Seu Manel. Tuninho, recentemente, até preparou um encontro com os membros do diretório municipal para uma espécie de confraternização. No entanto, parece que entrou água no chopp Gallo, pois a maioria da Executiva Municipal não compareceu.
Mas… Tem mais…
O deputado Lindbergh Farias não tem planos só com Tuninho da Padaria, de quem é muito próximo. O arquiteto e urbanista Vicente Loureiro é outro que, mais uma vez, surge como pré-candidato às eleições municipais. Ele tem confidenciado o entusiasmo em querer concorrer ao cargo e declarou a uma coluna que circula na capital do Rio de Janeiro, que foi o ex-prefeito Lindbergh Farias quem o convidou. O fato interessante é “esse nó cego” que envolve Lindbergh: Tuninho se apresenta como candidato do deputado, mas agora Lindbergh aparece em declarações dadas por Vicente Loureiro, como sendo ele – Lindbergh – o autor do convite para Vicente concorrer a prefeito. Há, no mínimo, uma “Torre de Babel” onde línguas estranhas estão prevalecendo na edificação de um nome que tenha apoio do próprio Lindbergh.
Olhando bem…
Dos dois nomes que podem representar o próprio PT numa candidatura majoritária, nenhum deles possui um histórico de laços com a militância na base petista iguaçuana. Portanto, ainda que um deles seja o candidato do PT, isso não representa que seja um candidato realmente petista… ao menos em termo de militância orgânica.
Por outro lado...
Enquanto a oposição ao governo vai se organizando, parece que o bloco governista está assistindo algumas “divididas bolas”. Rogerio Lisboa já tem dado evidências de que o seu possível escolhido como sucessor será o presidente da Câmara, Dudu Reina. Mas a própria base de apoio do prefeito, enquanto o anúncio não se torna oficial, se acotovela sem perceber que isso a divide.