Por Almeida dos Santos
Antes adversários ferrenhos, hoje aliados na disputa pelo poder. Assim algumas vezes a política se demonstra o que tem sido cada vez mais natural, apesar de ainda provocar espanto ver adversários acirrados no passado se tornarem aliados no presente, ainda que possa trazer muita confusão para a mente do eleitorado. Neste ano de eleição municipal isso não será diferente em Nova Iguaçu. Quem poderia imaginar, por exemplo, que Bornier e PT estariam representados na mesma imagem? Mas acontece e vai se tornar cada vez mais público.
E o passado… Passou
Felipe Bornier (ex-deputado federal e filho do ex-prefeito Nelson Bornier) está cada vez mais colando na imagem do candidato do PT à Prefeitura de Nova Iguaçu, Tuninho da Padaria, este que é um aliado do deputado federal Lindbergh Farias (PT) e foi colocado no Partido dos Trabalhadores para disputar às próximas eleições de 2024.
E o passado… Passou (2)
Vale lembrar que Tuninho da Padaria, na legislatura 2001/2004, era um dos principais mentores e articuladores do grupo que ficou marcado na memória política municipal como o “Grupo dos 13”, contando com 13 dos 21 parlamentares à época, faltando apenas mais um vereador para afastarem o prefeito Nelson Bornier.
E o passado… Passou (3)
Neste mesmo período legislativo (2001/2004) a Câmara de Vereadores virou uma espécie de “máquina de CPIs”, mesmo com a oposição ocupando um espaço significativo no governo.
E o passado… Passou (4)
Nelson Bornier, que foi eleito em 2000, assumia o segundo mandato 2001. Mas ficou até 4 de abril de 2002, deixando o governo nas mãos do vice, o ex-prefeito Mario Marques, após muita pressão política do bloco de vereadores oposicionistas que, entre eles, estava Tuninho da Padaria. E foi justamente em 2004 que marcaria a disputa dos grupos que se formaram na cidade. De um lado Lindbergh Farias (PT) apoiado pelo “Grupo dos 13” e, do outro lado, o candidato à reeleição Mario Marques.
E o passado… Passou (5)
No período entre 2001 a 2004, no qual a cidade teve dois prefeitos (Bornier e Mario Marques), havia um espaço cujos membros do governo temiam ser convidados ou convocados. Era uma sala que ficava ao lado da presidência da Câmara, localizada próximo do plenário então situado à Trav. Rosinda Martins, nº 71, no quarto andar. O local que era onde funcionavam as CPIs que abriram espaço para a chegada de Lindbergh Farias ao poder. Era nesta sala que funcionava as CPIs do chamado “Grupo dos 13”.