EXPOSIÇÃO CONTARÁ A HISTÓRIA DO CAMINHO DO OURO EM NOVA IGUAÇU - Correio da Lavoura

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6 de jun. de 2024

EXPOSIÇÃO CONTARÁ A HISTÓRIA DO CAMINHO DO OURO EM NOVA IGUAÇU

A abertura será no dia 12 de junho, no Complexo Cultural Mario 
Marques, onde um Livro Catálogo ilustrativo também será lançado

Réplica da Medalha do Bicentenário de Tiradentes

Quem ainda não ouviu as expressões “Lavar a Égua”, “Guardado a Sete Chaves” ou “Santo do pau Oco”?. Independentemente da idade que alguém possa ter, elas atravessam gerações e serão explicadas em um vídeo divertido durante a exposição “Iguassú e os Caminhos do Ouro”, que será aberta no dia 12 de junho, às 19h, no Complexo Cultural Mario Marques.

No local, historiadores, estudantes e os moradores da cidade, de um modo geral, poderão conhecer os antigos caminhos utilizados pelos Tropeiros para escoar o ouro das Minas Gerais no sec. XVIII e que contribuíram para o surgimento da antiga Vila de Iguassú, Maxambomba- atual Nova Iguaçu.

Bigorna de ourives

E é este cenário histórico que o produtor e colecionador Mario Marcelo e a curadora da exposição, Deborah O. Lins de Barros, vão reproduzir para o público, que terá dois períodos para apreciar o acervo adquirido ao longo de 15 anos.

Tem baús, celas, estribos, materiais de cozinhas, como Tremp (fogão portátil), burras usadas para transportar o ouro, quinteiro (usado para a cobrança do imposto), cofre de intendência e outros itens.

Balança de ourives

Na área central do espaço expositivo, um vídeo chamará atenção do público. O ator Tiago Costa, que interpreta a personagem Vanessa Du Matu, dará voz e explicará as diversas expressões como “Picar a Mula”, “Encher o Bucho”, “Quinto dos Infernos” “Ouro de Tolo”, “Bruaca” e outras.

Para não sair do campo da interpretação, o ator José de Brito será visto na pele de um tropeiro contando suas aventuras com direito a reprodução do cenário de um rancho.

VISITAS GUIADAS

As visitas serão guiadas e vão de 13 de junho a 7 de julho, no Complexo Cultural e de 8 a 14 de julho, no Espaço Cultural Tinguá. Para os organizadores, um dos grandes diferenciais desta montagem, além da riqueza das peças, algumas com mais de 300 anos, é a acessibilidade.

Tudo foi pensado para integrar todos os públicos e não deixar ninguém de fora. A curadora pensou um ambiente em que as pessoas possam interagir com autonomia.

“Pensamos em vitrines com altura acessível, acervo tátil e recursos em áudio para que todos possam entender a história que está sendo contada", contou Deborah, que é museóloga e quer mostrar a importância da Região da Baixada Fluminense no contexto histórico do Ciclo do Ouro. Os agendamentos de escolas podem ser feitos pelo e-mail: iguassucaminhosdoouro@gmail.com

SONHO REALIZADO

Mario Marcelo, que é o Cocurador da exposição, conta que para adquirir as peças em leilões e antiquários muitas vezes deixou de investir em coisas pessoais. Tudo para ver a história de sua cidade ser mostrada e contextualizada de forma positiva.

Ele explica que Paraty e Ouro Preto, por exemplo, prosperaram por terem sido palco do caminho e da exploração do ouro, mas que que no caso da Baixada Fluminense é preciso trazer mais visibilidade para que o patrimônio seja visitado, preservado e traga pertencimento aos moradores da região.

E por conta disto, um Livro Catálogo, com imagens ilustrativas das peças usadas pelos tropeiros e mineradores, será lançado e os exemplares distribuídos para escolas, universidades e historiadores.

O material também poderá ser baixado na internet. A coordenação de pesquisa foi realizada pelo historiador Edson Ribeiro, com a participação de vários outros profissionais conceituados.

A realização do evento é da MH Lima Produções, representada pelo ator Marcos Carneiro, que foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo. A Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, Secretaria Municipal de Cultura, Fundação Educacional e Cultura de Nova Iguaçu (Fenig), Ministério da Cultura e Governo Federal patrocinam o evento.

SERVIÇO

Exposição "Iguassú e os Caminhos do Ouro". De 12 de junho a 4 de julho, no Complexo Cultural Mario Marques. Mediação de grupos até 20 pessoas, às quartas-feiras - 10h, 11h e 12h e 14h, 15h e 16h. Estação de Cultura, em Tinguá, de 8 a 15 de junho (12 a 14 Festa do Aipim).