*Jorge Gama
Estamos encontrando nas redes sociais um aumento significativo de artigos e de matérias sobre o SUS. As próximas eleições municipais estão incentivando o debate em torno do assunto.
É unânime o reconhecimento das conquistas do SUS desde sua inclusão na Constituição de 1988. A pandemia nos revelou a importância do SUS e sua superioridade em termos de politica pública, onde, tanto a direita quanto à esquerda, se submetem ao sistema e reconhecem a relevância.
Esse ambiente de aprovação deve servir de instrumento para acelerar seu processo de modernização contínuo, onde a partir de um diagnóstico, possamos avançar usando o gerenciamento de informações para reduzir seus custos e aumentar sua eficiência.
A notícia de que “profissionais do SUS terão acesso ao Prontuário Unificado de Pacientes” anunciada na edição do “Poder 360” do último dia 21 de julho, usando o aplicativo do Ministério da Saúde “Meu SUS Digital” é um progresso visível na gestão do sistema.
Alguns poderão dizer que demorou, outros dirão: é uma ótima ideia e todos concordarão que poderemos ir ainda mais longe com o uso da tecnologia da informação.
Há espaço e tecnologia avançada para o gerenciamento de Unidades Básicas de Saúde (UBS), hospitais, laboratórios produtores de medicamentos para treinamento de servidores com avaliação contínua.
Outra questão que atormenta o SUS é a judicialização, cuja trajetória ascendente impacta seu orçamento merecendo um novo tipo de gerenciamento usando informações mais dinâmicas e atualizadas para reduzir seu custo.
A pandemia e agora às eleições, passaram a contribuir para uma visão mais atual do SUS e sua importância como instrumento essencial de política pública de saúde nesse Brasil continental.
Antes de finalizar, é importante reconhecer que um sistema como o SUS, dotado de um moderno gerenciamento de informações em âmbito nacional, fornecerá elementos extraordinários aos pesquisadores dos diversos tipos de doenças e a antecipação de diagnósticos a nível nacional e internacional e atrairá parceiros de todo o mundo em busca de novos elementos de pesquisas e de novas descobertas em favor da ampliação da nossa soberania na conquista de patentes brasileiras no setor de medicamentos.
*Jorge Gama é advogado.