Por Almeida dos Santos
Fui convidado pela equipe do Estúdio B para assistir, presencialmente, o debate entre os candidatos a prefeito de Nova Iguaçu, no próximo dia 10, às 19h, a ser realizado no auditório do Hotel Nobile Inn, em São João de Meriti. A mediação ficará por conta do experiente jornalista Marlon Brum e a transmissão será feita pelos canais do Estúdio B, tanto no YouTube quanto no Facebook. Tem sido uma tradição do Estúdio B a realização de debates eleitorais, não só nas disputas municipais. Aliás, desde a sua criação, o Estúdio B cumpre com responsabilidade e lisura a realização de eventos que contribuem para discutir o futuro dos municípios e, consequentemente, da Baixada Fluminense. Minha ida será mesmo como observador político, como sempre me convidaram. Mais uma vez obrigado aos organizadores o carinho!
Olhei, vi, ri e achei estranho
Há uma pesquisa que está no TSE, porém sem as especificações dos resultados. Quando olhei e vi os sócios da empresa contratante me fez crer que a “república de Campos dos Goytacazes” entrou no jogo. Falo nada, mas observo! A pesquisa fala mais dos contratantes do que dos candidatos. É, né!
Muito diferente
Andando pelas ruas do centro iguaçuano, exceto as bandeiras sustentadas por cabos eleitorais, pouco se vê de material de campanha individual para o eleitor. As “praguinhas” sumiram do peito dos simpatizantes desse ou daquele candidato. Na verdade, o próprio sentimento de que estamos em um processo eleitoral parece não existir. Talvez com as campanhas eleitorais na TV, que se inicia no dia 30 de agosto, essa situação pode mudar. Mas a falta de praguinha no peito do eleitorado revela a razão do alto índice de pessoas indecisas, conforme revelam as pesquisas.
A próxima Câmara
Quem observar o que acontece no cenário nacional, quando o Congresso quer fazer papel de Executivo, pode ter certeza que esta é uma cultura que está voltando acontecer e pode atingir as cidades. Exemplo disso é que quando Bornier foi prefeito, houve um grupo formado por 13 dos 21 vereadores, naquela legislatura, que praticamente fez o que o Congresso tem feito hoje com o governo Lula. Vou repetir para deixar bem claro: cada vez mais os legislativos querem mais participações nas ações do Executivo. Se os chefes dos executivos não tiverem experiência na lida com os legislativos, em qualquer cidade, as crises serão frequentes.
Sem grandes marchas
Os candidatos ao cargo majoritário ainda não fizeram uma grande convocação dos seus candidatos à vereança, de suas bases, para uma grande caminhada no Calçadão. Essas caminhadas, no fim de tarde e início de noite, sempre empolgam o eleitorado e dão uma dimensão das candidaturas. Parece que a turma está interessada em carreatas. Essas são importantes, sim. Mas tira dos candidatos e dos eleitores o contato mais próximo. Enfim, desde quando elegeram as redes sociais como prioridade, estes perdem a possibilidade dos “selfies” e apertos de mão que aproximam muito mais o candidato do eleitor.
O cabo eleitoral
Em 2020 o prefeito Rogerio Lisboa foi reeleito com 62,10% dos votos válidos, atingindo um montante de 218.396 votos. Pesquisas mostram que Lisboa ainda tem um percentual bom na aprovação da sua administração. Não consigo ver outro grande cabo-eleitoral como o prefeito. Isso deverá ser aproveitado por seu candidato, Dudu Reina (PP), assim que começar a campanha na TV. E o programa de TV dos candidatos é uma das maiores expectativas de quem acompanha a política.