Em cerimônia com a participação do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o novo presidente
da federação destacou questões que precisam ser priorizadas para aumento da produtividade da indústria e desenvolvimento socioeconômico do Estado e do país
(Fotos: Paula Johas) |
Em cerimônia realizada na última segunda-feira, dia 14, o empresário Luiz Césio Caetano, acionista da Sal Cisne e 1º vice-presidente da Firjan na gestão de Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro pelos próximos quatro anos, até 2028. Também tomaram posse as novas diretorias da federação e do Centro Industrial do Rio de Janeiro (Cirj) - eleitas em 19 de agosto e compostas por lideranças empresariais de todas as regiões do Estado do Rio de Janeiro.
No discurso de posse, Caetano, 74 anos, destacou questões que precisam ser priorizadas para o aumento da produtividade da indústria e o desenvolvimento socioeconômico do Estado e do país: gestão pública eficiente; mão de obra qualificada; transição, integração e eficiência energética; infraestrutura; e segurança pública.
Ele detalhou problemas relacionados a cada um dos pontos e falou sobre a atuação da Firjan. “Vamos trabalhar para contribuir no enfrentamento a essas questões, sempre atuando de forma efetiva e incansável pela defesa de interesses da nossa indústria, numa Firjan ainda mais ágil, dinâmica, participativa, propositiva e inovadora”, pontuou o novo presidente da federação.
Atuando há 50 anos na indústria fluminense, desde 2023 Caetano é diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), onde também é vice-presidente do “Conselho Temático da Micro, Pequena e Média Empresa” e participa do “Grupo de Trabalho de Combate ao Brasil Ilegal”, criado por sugestão da Firjan. Ao passar o cargo, Gouvêa Vieira falou sobre o futuro da federação.
“Caetano é uma liderança empresarial das mais competentes que temos. É incansável na atuação em prol da defesa da indústria e tem enorme conhecimento sobre o cenário do setor no Estado do Rio de Janeiro, o que, certamente, vai contribuir para o fortalecimento ainda maior da atuação da Firjan na representação empresarial”, disse Eduardo Eugenio, que ficará à frente do Conselho de Representantes da Firjan.
Em seu discurso, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, celebrou a importância indústria para o país. “A Nova Indústria Brasil tem alicerces na inovação, sustentabilidade e competitividade. Estamos promovendo medidas de estímulos ao setor que já estão tendo resultados positivos para a economia. E continuamos à disposição da Firjan para trabalharmos juntos para fazer a indústria crescer ainda mais”, destacou o também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que ressaltou o legado de Eduardo Eugenio e desejou sucesso a Caetano na jornada à frente da Firjan.
O 1º vice-presidente da Firjan, Carlos Erane de Aguiar, destacou a satisfação em seguir representando a federação. “É com grande entusiasmo que sou reeleito vice-presidente da Firjan, primeiro ao lado do meu amigo Eduardo Eugênio e, agora com o Luiz Césio Caetano, igualmente incansável na defesa dos interesses da indústria Fluminense. Agradeço pela confiança depositada em mim e pela colaboração de todos. Juntos, continuaremos a promover o desenvolvimento do nosso setor e a fortalecer o nosso Estado. Estou comprometido em trabalhar por um futuro ainda mais próspero para todos, com mais emprego, renda para o nosso povo e mais segurança para todos”, enfatizou Erane, também presidente da Firjan Nova Iguaçu e Região.
NOVO CENÁRIO EXIGE MAIS AGILIDADE, ADAPTAÇÃO E CRIATIVIDADE
“A experiência da pandemia de Covid-19, que afetou todos nós num passado recente, deixou ainda mais evidente que o mundo hiper conectado aumenta a complexidade dos problemas e das soluções. E exige mais agilidade de pensamento e ação, mais capacidade de adaptação a uma realidade de mudanças permanentes, mais criatividade para imaginarmos, projetarmos e construirmos futuros possíveis”, disse Caetano durante a cerimônia, que também contou com a participação do presidente da CNI, Ricardo Alban, da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, além de empresários e representantes de federações do país.
O novo presidente da Firjan também falou sobre fatores externos que impactam o Brasil, como a tensão no Oriente Médio, a guerra entre Rússia e Ucrânia, além da guerra comercial entre Estados Unidos e China. “Promover encadeamentos produtivos locais pode contribuir para diminuir a dependência de cadeias globais, cada vez mais afetadas por conflitos em escala mundial como os que vivemos neste momento”, disse Caetano, que citou também as incertezas sobre as políticas econômicas que serão adotadas pelos Estados Unidos após as eleições, em novembro, e, ainda, a crise climática e a necessidade de responsabilidade nas decisões para a construção de um mundo mais sustentável.
“Ao longo dos anos, a Firjan acumulou expertise e conquistou peso institucional que nos habilita, e mais que isso, nos convoca, instiga e obriga a pensar e agir considerando esse contexto global. Temos toda capacidade e legitimidade para propor caminhos de mais prosperidade, mais inclusão, mais desenvolvimento”, enfatizou Caetano.
SAIBA MAIS SOBRE O NOVO PRESIDENTE DA FIRJAN
Nascido em Campos, engenheiro mecânico de formação, Luiz Césio Caetano é diretor corporativo e acionista da Sal Cisne, empresa a qual se dedica há mais de 40 anos. Desde 1997 preside o Sindicato da Indústria de Refinação e Moagem de Sal do Estado do Rio de Janeiro (Sindisal). Ocupou, até 2021, o cargo de presidente do Conselho Regional da Firjan Leste Fluminense.
O novo presidente da federação liderou, entre outros, os trabalhos que resultaram no “Projeto Firjan da Pequena Empresa”, o “Firjan PEQ”, segmento em que estão grandes geradoras de empregos no Brasil e no mundo.
Destaque também para a liderança do Grupo de Trabalho Empresarial que elaborou a “Agenda de Propostas Firjan para um Brasil 4.0”. A Nova Indústria Brasil, política industrial lançada pelo Governo Federal em janeiro deste ano, tem 60% das propostas convergentes com a agenda da federação, entregue a Geraldo Alckmin e a diversas outras autoridades.
Participou, ainda, de importantes debates sobre assuntos relacionados ao desenvolvimento do Estado e do país, entre eles a reforma tributária com o governador Claudio Castro.