Por Claudia Souza
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Dr. Rodrigo Serapião fala, sem tabus, sobre a importância da sexualidade na vida humana |
Segundo o médico, na sociedade atual a temática ainda encontra desafios que perpassam gerações e, com o advento da internet e redes sociais, uma fonte de aprendizado foi distorcida por crianças e jovens: “A dificuldade de conversar abertamente sobre a sexualidade é enorme entre pais e filhos. Como o tema também não foi tratado em gerações anteriores, muitos pais não têm espontaneidade e liberdade para abordar o assunto com seus filhos. As crianças, por sua vez, acabam aprendendo sobre sexualidade nas redes sociais, através do Instagram, Tik Tok e Whatsapp com amigos, o que não é o ideal Além disso, o acesso à pornografia ficou muito mais fácil”, observa.
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Auditório lotado e atento às informações e orientações |
ESTUDO CONFIRMA DESAFIOS NA SOCIEDADE MODERNA
A sexualidade ainda carrega preconceitos e estereótipos na sociedade moderna. Aspecto comum do desenvolvimento do ser humano, o assunto traz dúvidas e, em muitas situações, é proibido, reprimido e visto como uma coisa errada. Levantamento realizado pela MindMiners, empresa de tecnologia especializada em pesquisa digital, aponta que, pouco se evoluiu na abordagem de maneira franca e verdadeira sobre a temática. No estudo foram ouvidas duas mil pessoas, de todas as regiões do país, com idade acima de 18 anos.
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Andreia Lengruber (GP), Christian Ferreira e Elaine Olegário (gerente Administrativa) recebem o cooperado em palestra para as colaboradoras |
Entre os 2 mil participantes, cerca de 50% afirmam que o Brasil é um país conservador quando o assunto é sexo. Os participantes foram questionados sobre quem seriam os responsáveis pela educação sexual e se eles se sentiriam confortáveis para conversar sobre o assunto. Quase 70% afirmaram que a educação sexual é um papel do pai ou da mãe, 53% apontaram médicos ou profissionais de saúde, 48% citaram instituições educacionais. Também foram apontados o governo – com políticas específicas sobre o assunto (43%), familiares (37%) e ninguém (4%).
A liberdade para falar sobre sexo é maior entre parceiros, parceiros, namorados e semelhantes (44%), seguidos de amigos (37%), médicos (24%), familiares (15%) e desconhecidos (7%). Além disso, 17% afirmaram que não há conforto para falar sobre o assunto com ninguém. No estudo, os voluntários também revelaram como obtiveram as primeiras orientações sobre o tema sexualidade: 30% com amigos; 30% na escola; 27% com familiares; 26% pela internet; 9% com médicos.
Fonte: CNN/Estudo original - https://mindminers.com/blog/sexo-sem-tabus/.